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2024: um ano desafiante e dominado pela IA generativa

O ano de 2023 fica marcado pela inflacção, pela instabilidade económica, pela situação geopolítica e por uma incerteza quanto ao futuro. O sector das TIC continua a ser um dos mais resilientes mas, em Portugal, o contexto político e os atrasos na implementação do Plano de Recuperação e Resiliência podem afectar o crescimento das empresas neste novo ano. Quase todos os líderes consideram que 2024 vai ser um ano desafiante e marcado pela tecnologia da inteligência artificial generativa; a maioria mantém-se moderadamente optimista.

Com este novo posicionamento, a ALSO Portugal quer «acrescentar valor mantendo aquilo que sempre suportou e trouxe estabilidade» à tecnológica e por isso vão «continuar a apostar em diversificar o portfólio com marcas de relevância, em paralelo com o desenvolvimento da área de soluções e serviços, onde vão colocar o maior foco. Estamos cientes que as necessidades dos nossos clientes passam pelo desenvolvimento e crescimento na área de cloud, porque é, também aí, que o foco do cliente final está», destaca a responsável.

Sergio Pedroche, country manager da Qualys para Portugal e Espanha.

Um futuro promissor
«Em termos de cibersegurança, o ano de 2023 será recordado da mesma forma que os anos anteriores, ou seja, com um crescimento imparável das vulnerabilidades e das ameaças de dia zero», avança Sergio Pedroche, country manager da Qualys para Portugal e Espanha. O responsável considera que isto «não vai diminuir a curto ou médio prazo, muito pelo contrário. E não só este aumento é preocupante, como a velocidade de exploração também está a aumentar, o que significa que se tem cada vez menos tempo para tomar decisões».

Sergio Pedroche indica que 2023 será recordado na empresa pela «grande resposta do mercado à nova Enterprise TruRisk Platform», que representa «a essência da Qualys – medir o risco, comunicar o risco e eliminar o risco».

Já em 2024, o «desempenho do crescimento ao longo do ano a nível mundial confirma um crescimento sustentado de dois dígitos»; assim, o crescimento regional da empresa está em «linha com os resultados e as previsões globais». Sergio Pedroche esclarece os motivos para tal: «O nosso mercado está a tornar-se mais maduro e isso está a impulsionar o aumento do investimento em cibersegurança em todos os sectores. O surgimento de novas regulamentações e iniciativas como NIS2, DORA, PCI 4.0 ou a implementação de subvenções e fundos europeus deixa-nos muito optimistas em relação ao futuro».

Carlos Vieira, country manager da WatchGuard para Portugal e Espanha.

Escassez de recursos é preocupante
A WatchGuard diz que, em 2023, os ataques «continuaram a proliferar nas empresas, independentemente do seu tamanho e natureza» e que, mesmo havendo «uma consciencialização cada vez maior para a importância da segurança e para o perigo, há cada vez mais automatização e ferramentas de IA aplicadas nos ataques que acontecem», revela Carlos Vieira, country manager da WatchGuard para Portugal e Espanha. O responsável diz que o ano que passou veio «mostrar que o mercado tinha mesmo muita necessidade de uma plataforma unificada de gestão para lidar com a cibersegurança das empresas» e que essa foi uma «aposta vencedora» da empresa, à qual os parceiros «aderiram com muita expressão». O foco na área de serviços managed detection and response foi também relevante e será «ainda mais importantes para o crescimento da WatchGuard em 2024», refere.