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Analítica preditiva: a bússola do futuro 

Num mundo inundado de dados, encontrar padrões, prever tendências e antecipar futuros cenários tornou-se a nova alquimia do século XXI. A analítica preditiva, que usa estatísticas, algoritmos e técnicas de machine learning para identificar a probabilidade de futuros resultados com base em dados históricos, está a redefinir a forma como as empresas tomam decisões, os governos planeiam políticas e os indivíduos moldam as suas vidas.

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No meio de uma revolução digital sem precedentes, emergem ferramentas poderosas que estão a redefinir o panorama futuro dos negócios, das políticas governamentais e da vida quotidiana dos indivíduos. Entre estas, destaca-se a analítica preditiva – um farol de inovação e perspicácia que se baseia na interpretação inteligente de um mar de dados que alimentamos ao recolher a cada dia que passa.

A analítica preditiva, uma verdadeira bússola de um futuro ainda em desvelo, está a moldar um novo paradigma de antecipação, onde o inexplorado se torna tangível e onde padrões se tornam palpáveis antes mesmo de serem percebidos pelo olhar humano. A conjunção da estatística avançada, algoritmos e técnicas de aprendizagem automática promete não apenas reagir ao presente, mas esboçar contornos claros e precisos do futuro.

Ao abrir a porta para um entendimento mais profundo das tendências emergentes, esta tecnologia permite, não só reagir ao que acontece ao nosso redor, mas também prever e, em alguns casos, moldar esse mesmo futuro. Dos modelos meteorológicos que antecipam fenómenos climáticos extremos, passando pelas previsões de acções no mercado financeiro, até aos sistemas de saúde que prevêem surtos de doenças, a analítica preditiva está a tornar-se a bússola que guia sociedades e empresas numa era de incerteza.

Mas, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Como podemos garantir que os dados usados são representativos? E quais são as implicações éticas de basear decisões vitais em algoritmos? A Mckinsey não parece ter grandes dúvidas: os dados estão, hoje, incorporados em todas as decisões, interacções e processos, com as organizações a aplicarem frequentemente abordagens orientadas para os dados – desde sistemas preditivos à automatização orientada para a IA – em toda a organização. Até 2025, esta consultora prevê que quase todos os funcionários utilizem os dados de forma natural e regular para apoiar o seu trabalho: «As organizações são capazes de tomar as suas melhores decisões, bem como de automatizar as actividades básicas do dia-a-dia e as decisões que ocorrem regularmente. Os funcionários ficam, assim, livres para se concentrarem em domínios mais ‘humanos’, como a inovação, a colaboração e a comunicação. A cultura orientada para os dados promove a melhoria contínua do desempenho para criar experiências verdadeiramente diferenciadas para os clientes e os funcionários e permitir o crescimento de novas aplicações sofisticadas que não estão actualmente disponíveis em grande escala».