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Analítica preditiva: a bússola do futuro 

Num mundo inundado de dados, encontrar padrões, prever tendências e antecipar futuros cenários tornou-se a nova alquimia do século XXI. A analítica preditiva, que usa estatísticas, algoritmos e técnicas de machine learning para identificar a probabilidade de futuros resultados com base em dados históricos, está a redefinir a forma como as empresas tomam decisões, os governos planeiam políticas e os indivíduos moldam as suas vidas.

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Gonçalo Joglar, data & AI hybrid cloud SW sales da IBM Portugal, lembrou que, no sector financeiro, se usam modelos de IA desenvolvidos pela IBM para identificar transacções duvidosas e fazer a identificação de pessoas politicamente expostas. Aqui, as empresas «recorrem a políticas de governo de dados bem definidas, que controlam os dados consumidos transversalmente, permitindo a confiança no consumo da informação pelos projectos de governo de dados e IA».

Segundo Gonçalo Jogla, a monitorização dos modelos em produção é «efectuada em tempo real e são explicáveis, com todas as preocupações de avaliação também em tempo real». O risco e o compliance são «basilares a todo o ciclo de desenvolvimento», sublinha o responsável, que admite, ainda, que a implementação de soluções de análise generativa pode «trazer muitos benefícios e desafios às empresas», tais como a «qualidade dos dados, privacidade e a segurança dos dados em conformidade» com as normativas regulatórias.

«Os modelos de análise requerem manutenção constante para se manterem actualizados e relevantes. Cada vez mais o imperativo de haver quadros qualificados é uma evidência para as organizações – os executivos deverão ter no seu horizonte o desenvolvimento de capacidades de IA nas instituições que gerem». Gonçalo Joglar mencionou ainda o facto de as empresas precisarem subir de nível de especialização através de políticas de formação, contratações estratégicas e parcerias: «A experiência em IA será obrigatória no curto prazo».