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2024: um ano desafiante e dominado pela IA generativa

O ano de 2023 fica marcado pela inflacção, pela instabilidade económica, pela situação geopolítica e por uma incerteza quanto ao futuro. O sector das TIC continua a ser um dos mais resilientes mas, em Portugal, o contexto político e os atrasos na implementação do Plano de Recuperação e Resiliência podem afectar o crescimento das empresas neste novo ano. Quase todos os líderes consideram que 2024 vai ser um ano desafiante e marcado pela tecnologia da inteligência artificial generativa; a maioria mantém-se moderadamente optimista.

Pedro Monteiro, deputy managing director da Konica Minolta em Portugal.

Mais negócio e colaboradores
A Konica Minolta celebrou 150 anos em 2023 e, por isso, este foi um ano especial para a empresa. Pedro Monteiro, deputy managing director da tecnológica a nível nacional, refere outros motivos para celebrar, já que o ano foi de «resultados muito positivos em Portugal» e destaca «o crescimento de negócio de 10% e uma equipa reforçada em quarenta pessoas face a período homólogo». O responsável acrescenta que numa economia com a «configuração e dimensão portuguesa, é essencial que o foco seja na excelência de serviço e das equipas e esses foram os principais motores no ano» e traduziu-se no «incremento, quer no índice de satisfação de clientes, quer no índice de compromisso das equipas».

Para este novo ano, o propósito é «estar ao lado das empresas e organizações, na sua operação e na sua transformação», diz o responsável. Assim, a visão é clara: «Estamos convictos de que as nossas soluções e as nossas equipas fazem a diferença, o que se reflecte na expectativa que 2024 seja um ano mais crescimento de negócio». Já sobre as novidades que os clientes podem esperar, Pedro Monteiro mostra-se entusiasmado com o futuro: «Mais velocidade, mais agilidade, mais compromisso; é precisamente nesse sentido que investimos nos próximos três anos. Isto traduz-se na reformulação da customer journey; no lançamento de nova solução de gestão documental e automação de processos com recurso a IA; em novos produtos de impressão industrial; e na preparação das equipas para os desafios de escutar, resolver, criar e comunicar no contexto actual. O nosso compromisso passa por manter equilíbrio de foco entre ofertas tradicionais e ofertas Inovadoras».

Vicente Huertas, country manager da Minsait em Portugal.

Onda de digitalização
Vicente Huertas, country manager da Minsait em Portugal, faz um balanço «claramente positivo» de 2023, «não só a nível de empresa como a nível sectorial». O responsável identifica as áreas-chave nas TI, do último ano: «Assistimos ao desenvolvimento e evolução das potencialidades da inteligência artificial generativa e do metaverso. Foi um ano marcado pela implementação de ferramentas de análise de dados ou a migração de infraestruturas para a cloud. Além disso, estiveram em destaque os temas relacionados com a defesa e a mobilidade, com uma importância ainda maior para o tema da cibersegurança».

Para 2024, a nível tecnológico, Vicente Huertas não tem dúvidas de que se manterá uma «segunda onda de digitalização, caracterizada pela ascensão de novas tecnologias e novos paradigmas que terão um impacto ainda mais significativo nos modelos de negócio e nas relações entre as empresas e os clientes», o que está alinhado com as projecções da IDC. «Acredito que as empresas vão assumir ainda mais a área de TI como core business na evolução e desenvolvimento dos seus negócios, além de a captação e retenção de talentos no sector continuar a ser um desafio e da crescente importância da sustentabilidade na tecnologia». O responsável enumera as tendências tecnológicas para o próximo ano: «A exploração das potencialidades da IA generativa nas empresas; a realidade aumentada, virtual, mista e o metaverso; o phygital; a cibersegurança; a modernização e migração dos sistemas herdados para a cloud; defesa e mobilidade».