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2022 será o ano da recuperação 2.0, mas também das oportunidades

Depois de mais um ano de pandemia, marcado pela falta de chips, a maioria das empresas de TI nacionais e a operar em Portugal mantém-se confiante no futuro e considera que este ano será de recuperação, tal como aconteceu no início de 2021. Mas será também um ano de crescimento e de oportunidades trazidas pela “bazuca” europeia. Há, no entanto, algumas organizações que consideram que a escassez de semicondutores, que se deve manter em 2022, vai tornar os próximos tempos desafiantes - por isso, estão menos optimistas em relação aos próximos doze meses.

Crescimento sustentável
A empresa de serviços de consultoria e integração de sistemas Uniparter também teve um ano positivo. O CEO Fernando Reino da Costa realça «o forte investimento na formação e requalificação de profissionais; o programa de academias de aceleração de conhecimento nas tecnologias dos parceiros; a consolidação e evolução do apoio dado aos clientes durante a pandemia e a inovação».

Além disso, o responsável faz referência à aposta nas áreas de cibersegurança, migração e gestão de data centers na cloud, modernização aplicacional e de user experience. Reino da Costa considera que 2022 será «o ano de controlo efectivo da pandemia» e prevê que «a economia cresça, quer a nível nacional, impulsionada pelos novos quadros de apoio, quer a nível internacional, com o acelerar dos serviços de base digital a nível global». Quanto à Unipartner, acrescenta que «irá continuar o seu trajecto ambicioso de crescimento, mas sempre de forma sustentável, focado no sucesso dos clientes».

Novos sectores e produtos
«O ano de 2021 manteve a atipicidade de 2020, e levou-nos a adaptar as nossas ofertas e serviços às transformações do mercado», revela Nuno Archer, CEO da Winsig. A empresa tem uma «abordagem focada no cliente» que o responsável considera ter feito a diferença: «Continuámos a crescer e ganhar destaque no mercado nacional, sendo que, em comparação com o ano de 2020, conseguimos alcançar um crescimento na ordem dos 15% e fechámos o ano com um volume de negócio na ordem dos 7 milhões de euros».

É por isso que Nuno Archer não tem dúvidas de que 2022 deverá, também, ser um ano em grande: «Tendo em conta os resultados positivos que alcançámos em 2021, acreditamos ter todas as condições para continuar a crescer em 2022, através da aposta em novos sectores e o lançamento de novos produtos, baseados em soluções e tecnologias inovadoras, tais como a tecnologia de robotic process automation».

Maior competitividade
O co-CEO da Ifthenpay, Filipe Moura, lembra que o ano passado «correu bem» e como isso se teve reflexo na empresa: «Crescemos em todos os indicadores, alguns deles na ordem de mais de 25%, como no volume de pagamentos, na facturação, etc. Ultrapassamos os 800 milhões de euros movimentados e temos mais de 20 mil entidades aderentes acumuladas». Além disso, «em termos qualitativos, também foi bom» já que a empresa «continuou a melhorar o atendimento ao cliente» e fez «diversas parcerias, nomeadamente com a Visa».

Os planos para 2022 são claros, sublinha o co-CEO: «Queremos crescer e também estamos a pensar em como melhorar o atendimento ao cliente». Uma das apostas é no Pay By Link, lançado em 2021: Filipe Moura acredita que «vai continuar a crescer em força» pois permite a «utilização de meios de pagamento da Ifthenpay de uma forma muito simples já que pode ser colocado num mail, numa rede social», entre outras possibilidades. E, num mercado que «vai ser ainda mais competitivo», uma das maiores preocupações é «o aumento de comissões bancárias anunciadas pelos bancos», pois isso «poderá ter impacto na empresa e forçosamente nos clientes».