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2022 será o ano da recuperação 2.0, mas também das oportunidades

Depois de mais um ano de pandemia, marcado pela falta de chips, a maioria das empresas de TI nacionais e a operar em Portugal mantém-se confiante no futuro e considera que este ano será de recuperação, tal como aconteceu no início de 2021. Mas será também um ano de crescimento e de oportunidades trazidas pela “bazuca” europeia. Há, no entanto, algumas organizações que consideram que a escassez de semicondutores, que se deve manter em 2022, vai tornar os próximos tempos desafiantes - por isso, estão menos optimistas em relação aos próximos doze meses.

Foco nos clientes e confiança
O ano passado, apesar do aumento do número de ciberataques, «foi positivo» para a S21sec em território nacional, já que a empresa «contou com um crescimento da sua base de clientes em relação ao ano anterior», afirma João Machado Costa, VP sales da tecnológica em Portugal. O responsável salienta que a «evolução positiva se deve, não só a uma maior sensibilidade para este tema por parte das organizações, como também é fruto do trabalho que têm vindo a ser desenvolvido com todos os parceiros».

Foi um 2021 de «muitos desafios, novas aprendizagens e evolução constante», o que deixa a S21sec «mais bem preparada e confiante para o 2022». João Machado Costa diz que está previsto «aumentar a base de novos clientes, reforçar ainda mais a relação com os clientes actuais através de novos serviços» e adoptar uma« personalização ainda maior no acompanhamento» que fazem em cada caso.

Ciberataques não vão diminuir
A Sophos salienta que o 2021 foi um «ano marcante». Carlos Galdón, channel director da Sophos Iberia, justifica este resultado: «Os nossos serviços geridos de managed threat response e rapid response cresceram 183% no primeiro semestre do ano fiscal de 2022, em comparação ao mesmo período do exercício anterior, e estão entre as novas ofertas com crescimento mais rápido que a Sophos alguma vez apresentou». No ano que agora iniciou, a empresa refere que «a velocidade a que o cenário de ciberataques muda não vai diminuir» e, como tal, deverá ser um ano de oportunidades para a empresa de cibersegurança.

Tendência de crescimento
O negócio da WatchGuard em Portugal, «à semelhança do que tinha acontecido no ano passado, correu muito bem». Segundo Carlos Vieira, country manager para Portugal e Espanha, a «continuidade do teletrabalho» levou «as empresas a reforçar a segurança das ligações remotas e do perímetro das suas redes» e continuou a «gerar novo negócio», o que permitiu à empresa «crescer dois dígitos». Outro factor importante foi o «lançamento da Unified Security Platform», acrescenta.

Em 2022, a WatchGuard espera a manutenção dos «desafios impostos às empresas pela crise pandémica e, por isso, o responsável espera também um ano positivo: «Prevemos uma tendência de crescimento em 2022, novamente na ordem dos dois dígitos, reflectindo igualmente os benefícios decorrentes do lançamento da nossa Unified Security Platform».