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2022 será o ano da recuperação 2.0, mas também das oportunidades

Depois de mais um ano de pandemia, marcado pela falta de chips, a maioria das empresas de TI nacionais e a operar em Portugal mantém-se confiante no futuro e considera que este ano será de recuperação, tal como aconteceu no início de 2021. Mas será também um ano de crescimento e de oportunidades trazidas pela “bazuca” europeia. Há, no entanto, algumas organizações que consideram que a escassez de semicondutores, que se deve manter em 2022, vai tornar os próximos tempos desafiantes - por isso, estão menos optimistas em relação aos próximos doze meses.

5G vai trazer disrupção
A Altice Portugal não foi excepção à realidade de que 2021 foi muito desafiante para as empresa. João Teixeira, chief technology officer da empresa, lembra que, para o caso do operador de telecomunicações, além da pandemia, acrescem as «consequências de um contexto regulatório conturbado e de processos conduzidos de forma de forma lenta e errática como foi o caso do dossier 5G».

Assim, o responsável considera que o ano passado foi de «superação» e que 2022 será de «recuperação económica e de maior investimento na necessária transformação digital». Mas o CTO esclarece que há o risco de se «continuar num clima de instabilidade de políticas por parte do regulador». O que é certo é que 2022 será o ano do 5G em Portugal e a empresa diz que a nova rede móvel vai trazer um «grau de disrupção inédito» uma vez que permite a «criação de novos serviços e produtos». Para João Teixeira trata-se do início de uma «nova era tecnológica que vai ficar marcada por novas oportunidades».

Melhorar a rentabilidade
Alexandre Rosa, CEO da Noesis, afirma que o balanço de 2021 «é bastante positivo» e que a empresa completou «o primeiro ano do plano estratégico definido para o triénio 2021-2023 com os objectivos plenamente cumpridos», não só ao nível do «crescimento do volume de negócios, mas também no reforço da actividade internacional». O responsável explica que a meta é chegar a 2023 com «50% do volume de negócios oriundo da actividade internacional» e que a empresa fechou o ano perto dos 40%, o que deixa «perspectivas muito optimistas».

Para 2022, as previsões são de «continuar a crescer, não só no volume de negócios, mas também melhorando os índices de rentabilidade» e revela como: «Pretendemos continuar a reforçar o nosso footprint internacional, assim como, apostarmos ainda mais no pilar das pessoas dentro da organização. Essa será a chave do sucesso para os próximos anos».

Além disso, Alexandre Rosa, vê este ano como uma altura de «melhoria da situação pandémica» que «poderá também resultar em novas oportunidades. O CEO considera que este é o «tempo das organizações se prepararem para a retoma da economia, onde a tecnologia e as TI assumem um papel cada vez mais determinante para a sua competitividade».

Crescer e ajudar as empresas
«O ano de 2021 foi um bom ano, tanto a nível global, como ibérico e com crescimento em número de clientes, pelo facto de a nossa oferta ser maior e mais diversificada», explica Eulalia Flo, directora-geral da Commvault para Portugal e Espanha.

A responsável espera que este ano seja igualmente positivo: «A nossa previsão é de continuarmos a crescer como temos feito até agora, com soluções que dêem uma resposta real aos desafios que as empresas enfrentam, como a fragmentação dos dados e uma superfície de ataque maior». Eulalia Flo explica que, para isso, a Commvault está a «desenvolver uma oferta para construir uma plataforma que oferece serviços inteligentes de dados» e que a estratégia sempre foi dar aos clientes «uma experiência unificada, com uma visão centralizada dos dados, independentemente de onde estão, e através de diferentes modelos de entrega».