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Perspectivas para 2020: confiança, consolidação e inovação

O que marcou 2019 e o que esperam as empresas que actuam no mercado nacional de tecnologias de informação (TI) para o próximo ano? Falámos com diversas organizações de todas as áreas das tecnologias e chegámos à conclusão de que há um clima de confiança. Os gestores falaram ainda de consolidação e inovação.

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‘Inovação’ é palavra de ordem
Fazendo um balanço do mercado este ano, Rogério Canhoto, chief business officer da PHC, considera que «existe uma tendência clara de crescimento do mercado das tecnologias de gestão» e uma «maior liquidez no tecido empresarial português, que permite que haja oportunidades de inovação e crescimento de negócio».

O ano passado foi «importante» para empresa que fez «uma evolução da oferta rumo à Web». Em 2020, a PHC irá continuar «o caminho de inovação da gestão em Portugal» com novas funcionalidades e produtos. Crescer é também o que é esperado pelo responsável quer «em Portugal, quer no estrangeiro» e isso tanto «no negócio como no desenvolvimento da comunidade de parceiros».

A aposta nos parceiros é aliás um dos grandes pilares da PHC para este ano: «Queremos ajudar parceiros a internacionalizarem-se, contribuindo na incubação e na implementação do seu negócio nos mercados em que temos escritório». O CBO acredita ainda que a cloud «pode dar o salto a nível de adoção já este ano».

Crescimento e mudança
Além de consolidação e inovação, a empresa especializada em data analytics, BI4ALL, falou também de crescimento e mudança, esta última derivada da nova sede designada ‘Cidade BI4ALL’. Este é um projecto que ganhará asas em 2020 com a continuação da transformação dos sete mil metros quadrados do novo escritório da tecnológica. Para já, José Oliveira, CEO da empresa, esclareceu estão apenas ocupados «1100 metros quadrados» e explicou o processo: «Estamos em obras e a criar um complexo que reúne todas as condições que nos permitem manter uma posição de vanguarda enquanto especialistas na nossa área de actuação. As novas instalações da BI4ALL trarão inovação, respondem às exigências dos novos paradigmas laborais e contribuem para um ambiente de trabalho que reflete a nossa cultura e o nosso ADN».

Quanto ao crescimento, o responsável destacou não só «o número de colaboradores, como em volume de negócio», além de algumas mudanças ao nível da estratégia. Todavia, o foco manter-se-á ser uma «empresa pessoas para pessoas, na excelência e na criação de valor». José Oliveira não tem dúvidas do caminho este ano para um crescimento consolidado: «O desenvolvimento de soluções de data analytics e inteligência artificial que antecipam as necessidades dos clientes».

Manter a confiança
Um balanço positivo de 2019 foi feito por Luís Urmal Carrasqueira, director-geral da SAP Portugal, que revelou que o «ano esteve em linha com os objectivos» e explicou porquê apesar de ainda não terem os dados do ano consolidados: «Verificámos ao longo do último ano que as novas ofertas e as novas áreas de actuação desenvolvidas pela SAP tiveram um excelente acolhimento pelo mercado nacional».

Em 2020, o responsável disse que o «crescimento sustentado e a consolidação» dos projectos em que estão envolvidos são os grandes objetivos: «Queremos manter este ano a visão alargada e transversal que nos caracteriza, e que visa acompanhar em permanência os processos de negócio de todos aqueles que confiam na SAP, permitindo-lhes mais inovação e ganhos de competitividade. Isto sempre no sentido de alavancar a nossa ampla oferta, de acordo com as necessidades de cada cliente, para, com isso, fornecer-lhes mais eficiência e condições para o sucesso do seu negócio, afinal, aquilo que realmente nos move».

Continuidade e amadurecimento da cloud
A segurança é um tema cada vez central em todas as organizações e por isso não é de estranhar que o ano passado tenha sido de «continuidade de crescimento sustentado» para a Check Point Portugal. Rui Duro, sales manager, disse à businessIT que o sucesso da empresa está relacionado com o facto dos clientes terem «percebido que a infraestrutura e visão holística de cibersegurança» da Check Point «traz mais valias para as suas infraestruturas tecnológicas», bem como do «trabalho junto de mercados menos sofisticados, mas que têm necessidades de segurança iguais às das grandes empresas». O responsável antevê um ano complexo para a área com o «crescimento da nano-cibercriminalidade de escala global» e por isso será bom para organizações como a Check Point, já que será um «um tempo de grandes investimentos em segurança» devido à «cibercriminalidade e aos ataques de nação contra nação» que terão «impacto nos cidadãos e nas empresas».

O ano de 2020 será ainda de «amadurecimento da cloud e de um maior reforço das soluções de segurança ao nível dos endpoints» para não dar espaço para «quebras de segurança através de utilização de dispositivos que não estão seguros», como é o caso dos smartphones, acrescentou.

Mais investimento na segurança
Outra organização da área de actuação da Check Point que registou bons resultados no mercado nacional foi a Sophos conforme salientou Ricardo Maté, country manager ibéria da empresa: «O ano de 2019 foi fantástico para a Sophos em Portugal, com um crescimento próximo dos 50% em receitas. Tivemos oportunidade de consolidar o nosso canal de distribuição com os nossos dois distribuidores, Ajoomal e jp.di, e aumentar o número de parceiros com os quais realizamos negócios». Este ano, a tecnológica espera «continuar a crescer, ao aumentar a presença nas contas empresariais e nas médias empresas». Isto porque mais empresas vão «investir em soluções avançadas para se proteger e aos seus recursos».