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Hiperautomação: o novo horizonte da eficiência empresarial

Numa era onde a digitalização se tornou a espinha dorsal do sucesso empresarial, a hiperautomação emerge como um elemento crucial na manutenção de uma vantagem competitiva. A transição para uma operação totalmente digital, incorporando automação inteligente de ponta a ponta, não é apenas uma melhoria incremental, mas um salto para a transformação e criação de modelos de negócio revolucionários. Este é o mundo da hiperautomação - um fenómeno que não é apenas uma tendência passageira, mas uma mudança de paradigma fundamental, remodelando o panorama empresarial e abrindo portas para novas oportunidades e desafios no mercado global.

Lenny Kuhne/Unsplash

No seu entender, a hiperautomação impulsiona a eficiência operacional ao automatizar tarefas repetitivas, reduzindo a necessidade de intervenção humana. «Isso não apenas acelera os processos, mas também minimiza erros e custos associados à entrada e processamento manuais de dados», afirma o especialista.

Segundo o VP de Marketing de Produto, a hiperautomação igualmente melhora a experiência do cliente ao acelerar os tempos de resposta, reduzir erros e garantir consistência nas interacções. «Isso permite que as equipas se concentrem em formas criativas de entregar a personalização», ressalta.

O executivo prevê um futuro emocionante para a hiperautomação, com desenvolvimento low-code alimentado por IA a democratizar o acesso à tecnologia e facilitando a automação de processos complexos. A juntar a tudo isto, Andrew Haire acrescenta que este conceito está a criar novos empregos e a exigir novas valências dos trabalhadores. «Isso fomenta uma cultura de aprendizagem contínua e desenvolvimento de novas competências».

Haire conclui que a hiperautomação está a revolucionar a tomada de decisões estratégicas nas empresas, possibilitando insights em tempo real e baseados em dados. «Isso torna o planeamento estratégico mais dinâmico e adaptável», afirma.

Inovação no horizonte empresarial
A verdade é que muito do tecido empresarial nacional ainda está assente em tarefas e fluxos manuais, com recurso ao papel, onde os processos são responsabilidade de um indivíduo ou equipa. Estes processos, muitas vezes, são centrais nas empresas e qualquer mudança nos mesmos provocará uma mudança de paradigma. «Paradigma esse que passa de uma centralidade num utilizador para uma distribuição mais efectiva e equitativa de responsabilidades», explicou à businessIT Pedro Ferreira, solutions advisor, platform & technology da SAP Portugal.  No seu entender, as áreas de negócio ainda estão reticentes a esta mudança, seja pela perda de relevância de áreas específicas, seja pelo redesenho e documentação de processos implementados há bastante tempo. «Por outro lado, quando se olha para o suporte aplicacional que abrange a hiperautomação, que é, muitas vezes, bastante vasto, desintegrado e heterogéneo, é normal observar as empresas a reflectir antes de avançarem para a simplificação e automação». É exactamente como resposta a esta questão que a SAP garante ter orquestrado uma solução integrada e centralizada nos negócios dos clientes, que abrange as soluções SAP S/4HANA, SAP Business Technology Platform e SAP Signavio.