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Na guerra das nuvens quem ganha é o consumidor

Amazon, Microsoft, Google e Alibaba. Mas também Salesforce, IBM e Oracle. Na guerra das nuvens, numa galáxia bem próxima de nós, entre o empreendedorismo e o estímulo à inovação, quem ganha são os consumidores.

Bethany Drouin/Pixabay

Já a Salesforce, que em Portugal anunciou uma nova dinâmica com a entrada de Fernando Brás na condução do mercado nacional, tem tido, segundo várias consultoras, um comportamento notável. Segundo os analistas, Marc Benioff tem conseguido níveis de inovação nunca antes registados na história da empresa. O Customer 360 de Benioff está a tornar-se um padrão contra o qual todas as propostas de valor de CRM são medidas, tendo projectado a empresa para as áreas de alta prioridade de análise de dados e integração por meio das aquisições da Tableau e MuleSoft. Esta é uma empresa que agora é tão “hot”, como os analistas definem, e tão “relevante” como qualquer empresa em qualquer sector do mundo.

O desafio da Salesforce que os outros grandes fornecedores de SaaS, principalmente a SAP, estão a procurar impulsionar a nova categoria de CX sobre o CRM tradicional na esperança de que possam posicionar o CRM como a abordagem voltada para o cliente do passado versus o futuro CX mais dinâmico.

IBM cria nova empresa
A IBM também tem uma palavra a dizer, ao anunciar que se deverá dividir em duas empresas, precisamente para se focar na computação em nuvem. Até 2021, uma nova área de negócio será criada com o intuito específico de cuidar dos seus actuais sistemas legados, enquanto a marca como a conhecemos ampliará os seus esforços nas ofertas em cloud. A empresa a derivar da IBM após a separação tem o nome provisório de ‘NewCo’, respondendo publicamente como «uma divisão de infra-estrutura de propriedade da IBM». A expectativa é que o processo de separação seja finalizado no início de 2021. De acordo com Moshe Katri, analista da empresa de pesquisa de mercado Wedbush Securities, a medida ambiciona alocar a marca “IBM” a modelos de negócio mais lucrativos: «Essencialmente, a IBM está a livrar-se de uma operação de baixa margem, que vem encolhendo frente à canibalização da automação e da nuvem, procurando um crescimento mais sólido para o restante da operação», comentou à BBC. Ou seja, a IBM ainda está na corrida.

Outro nome a reter é obviamente o da Oracle, cujos serviços e licenciamento de soluções de cloud já são a área de maior peso na facturação da tecnológica a nível global.

O ritmo implacável de inovação da nuvem corporativa continua a fornecer aos clientes empresariais uma grande variedade de desafios para avaliar em quase todos os campos. Mais soluções de dados, mais soluções de análise, mais ferramentas de IA, mais inovações de ML, novos chips inseridos em ofertas IaaS extremamente poderosas, soluções do sector vertical, programas de implementação mais rápidos e uma ênfase cada vez maior em programas de sucesso do cliente estão entre as abordagens novas mais impressionantes.