Em Foco

2023: um ano de crescimento, apesar da incerteza

No ano passado, as empresas de TI esperavam que 2022 fosse de recuperação, depois da pandemia, e de oportunidades derivadas do Plano de Recuperação e Resiliência. E apesar da guerra na Ucrânia e de um clima de incerteza, que se deverá manter em 2023, acabou por ser bastante positivo. É notória alguma apreensão quanto ao futuro, no entanto, o sentimento generalizado dos líderes das tecnológicas é que a crescente transformação digital da economia continuará a promover o crescimento do mercado e os investimentos em tecnologia.

Sobre 2023, Hélder Bastos não tem dúvidas de que vai ser um desafio e mostra-se confiante: «Não podemos dissociar-nos do facto de irmos viver uma crise económica global com as três principais economias mundiais em recessão, num clima de guerra, com o fantasma da pandemia. Porém, embora não consideremos um aumento do mercado, prevemos registar um crescimento no volume de negócios». O managing director da Asus Portugal acrescenta que 2023 será um ano de «muita incerteza», mas que não têm «quaisquer indicadores que o levem a crer que a cadeia de abastecimento não irá normalizar» – esta é uma das razões para o optimismo manifestado. Os outros motivos são a perspectiva de uma «mudança no comportamento do comprador», em que «a flexibilidade, durabilidade e sustentabilidade» vão ser vitais. Estes são «aspectos nos quais a Asus tem vindo a trabalhar e investir desde há muito e que passarão a ser uma variável de extrema importância a considerar pela maioria dos compradores, num futuro muito imediato».

Este ano será também de «aposta no mercado profissional»: Hélder Bastos diz que a Asus sente que esta é a altura certa, uma vez que tem «um portfólio de negócios incomparável» e «uma flexibilidade para criar soluções personalizadas, desde o silício até à nuvem para fornecer segurança, agilidade, durabilidade e desempenho para praticamente qualquer cenário e dimensão de organização».

Hélder Bastos (Asus Portugal)

Confiança no futuro
Pedro Monteiro, deputy managing director da Konica Minolta Portugal & Spain, diz que 2023 foi de «máxima importância» para a subsidiária nacional e justifica a afirmação: «Reforçámos a confiança com clientes e parceiros, transformámos a nossa proposta de valor a agregámos as equipas em torno de objectivos comuns».

Em resumo, o balanço «é muito positivo» e traduziu-se «num crescimento aproximado de 15%», o que permite à empresa «continuar a investir no serviço ao cliente, no crescimento das equipas e na inovação da oferta».

O deputy managing director diz que a Konica Minolta Portugal & Spain está confiante de que 2023 é um «ano de confirmação» das tendências de 2022: «Entendemos que os factores macroeconómicos não vão afectar a dinâmica do mercado, seja na hiperpersonalização de serviços, na tendência de consumo pay per use ou numa maior pressão positiva sobre a experiência de cliente». A Konica Minolta é uma empresa «sólida, inclusiva, inovadora e apaixonada por crescimento. Fazê-lo com ousadia e sustentabilidade é o mote para 2023», acrescenta Pedro Monteiro.