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2023: um ano de crescimento, apesar da incerteza

No ano passado, as empresas de TI esperavam que 2022 fosse de recuperação, depois da pandemia, e de oportunidades derivadas do Plano de Recuperação e Resiliência. E apesar da guerra na Ucrânia e de um clima de incerteza, que se deverá manter em 2023, acabou por ser bastante positivo. É notória alguma apreensão quanto ao futuro, no entanto, o sentimento generalizado dos líderes das tecnológicas é que a crescente transformação digital da economia continuará a promover o crescimento do mercado e os investimentos em tecnologia.

O CTO descreve ainda os planos da Altice Portugal: «O nosso grande objectivo é preparar a Altice Portugal para o futuro com uma actuação será centrada em cinco eixos estratégicos – qualidade de serviço, inovação, marca, sustentabilidade e pessoas, de forma a continuarmos a liderar a transição digital do País e consolidarmos a nossa posição no mercado».

João Teixeira ( Altice Portugal)

Um ano difícil
A Atos Portugal teve um «excelente» ano de 2022, apoiado «num crescimento de dois dígitos», sublinha Octávio Oliveira, country manager da empresa. O responsável esclarece que a tecnológica «cresceu em todos os sectores onde já estava presente, iniciou actividades em sectores cuja presença era marginal e inaugurou um Centro de Delivery no Algarve que permitiu abordar projectos internacionais e apoiar igualmente projectos nacionais».

Octávio Oliveira acredita que 2023 será, «porventura, um ano mais difícil que 2022», devido à «escassez de recursos, aliada à conjuntura internacional» que provocará «uma desaceleração das economias com reflexos no mercado nacional».

Assim, «a ambição é de continuar a crescer», mas «tudo o que for não decrescer será, com certeza, uma vitória». A área de «desenvolvimento e manutenção aplicacional continuará a ser o core da actividade» da Atos, «aliada ao uso de tecnologias de big data, cloud e inteligência artificial», apoiadas num «conjunto de actividades de gestão de operações em termos de infraestruturas e aplicações ligadas a migrações para a cloud e à sustentabilidade».

Octávio Oliveira (Atos Portugal)

Reforçar posição em todos os mercados
Alexandre Rosa, CEO da Noesis, faz um «balanço muito positivo» de 2022 e avança que estes resultados permitem à empresa «encarar o futuro com muita confiança e, sobretudo, motivação para continuar a apostar na oferta e portfólio de serviços». Em Portugal, a tecnológica «continua a conquistar novos clientes e a crescer consistentemente», assim como nos mercados internacionais (Espanha, Irlanda, Holanda, Brasil e EUA), que «já representam cerca de 35% do volume total de negócios». Como marco do ano, Alexandre Rosa destaca o «sétimo lugar obtido no ranking Best Workplaces da Europa e o segundo, em Portugal, no grupo de empresas entre quinhentos e mil colaboradores»; o CEO da Noesis reconhece a importância destes prémios para manter a atractividade da empresa: «Um dos grandes desafios da actualidade é a falta de recursos e mão-de-obra qualificada. Por esta razão, é crucial manter os nossos melhores recursos; por outro lado, tornarmo-nos cada vez mais atractivos para os melhores talentos do mercado».