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Mais cloud, mais cibersegurança

A consciencialização para as questões da cibersegurança continua a aumentar, sobretudo numa era em parece não conseguirmos (sobre)viver sem a cloud e os serviços associados. As empresas têm, agora, de enfrentar todo um novo nível de desafios.

Rawpixel/Freepik

A importância da edge computing
Apesar de ser um termo de tecnologia relativamente novo, a edge computing (muitas vezes traduzida em Portugal e Brasil como ‘computação de ponta’ ou ‘de borda’) já se estabeleceu no mercado. Isto porque, segundo a Red Hat, não demorou muito para que as empresas entendessem os benefícios de localizar os seus serviços de computação, exactamente onde as aplicações estão a ser executadas. «A velocidade é a razão mais óbvia. O software funciona mais rápido (e, portanto, pode fazer mais) quando não precisa de chegar a um data center localizado a centenas, até milhares de quilómetros de distância», defende Lucy Kerner, directora de security global strategy e evangelista da Red Hat.

A edge computing é a tecnologia na qual o processamento acontece no local físico (ou próximo) do utilizador ou da fonte de dados. Com o processamento mais próximo, é suposto os utilizadores beneficiarem de serviços mais rápidos e confiáveis, enquanto as empresas usufruem da flexibilidade da cloud computing híbrida.

A Red Hat defende que este recurso é particularmente interessante para empresas onde os milissegundos são importantes – basta pensar em negociações financeiras de alta frequência, veículos automatizados e monitorização de segurança de equipamentos – e onde cada salto-extra faz uma diferença profunda. «Mesmo onde a latência é preferível em detrimento da missão crítica – streaming de conteúdo, manufactura, dispositivos inteligentes – os utilizadores de hoje esperam tempos de reacção-relâmpago e recursos inesgotáveis das suas aplicações», diz Lucy Kerner.

Ou seja, a corrida ao edge já começou. Segundo a IBM, em 2022, haverá cerca de 55 mil milhões de dispositivos de edge no mercado. Em 2025, espera-se que cresça para 150 mil milhões; ainda mais quando se leva em consideração o impacto das práticas de trabalho remoto na era COVID. Os equipamentos edge estão disponíveis em todos os tipos de formatos e tamanhos, desde sensores de IoT a routers de Internet ou tecnologia “vestível” (weareable) para robôs.