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Mais cloud, mais cibersegurança

A consciencialização para as questões da cibersegurança continua a aumentar, sobretudo numa era em parece não conseguirmos (sobre)viver sem a cloud e os serviços associados. As empresas têm, agora, de enfrentar todo um novo nível de desafios.

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Mais cibersegurança e mais cloud
Não parece haver grandes dúvidas de que a pandemia provocada pelo novo coronavírus obrigou a uma transformação das práticas de trabalho e, com isso, a forma como os Managed Service Provider (MSP) gerem a cibersegurança dos clientes.

«O possível regresso aos locais de trabalho físicos e as incertezas económicas persistentes apresentam novos desafios aos líderes tecnológicos», explica Carlos Vieira, country manager para Portugal e Espanha da WatchGuard. Aliás, estas mudanças de comportamento estão contempladas num relatório da Pulse que analisou as prioridades e orçamentos de TI para o segundo semestre de 2021 e que colocou três questões a cerca de trezentos executivos: «As vossas prioridades mudaram em relação ao último trimestre? Quais as ferramentas que estão a comprar para cumprir essas prioridades? Como foram afectados os vossos orçamentos para este trimestre e que compras de alto custo planeiam fazer?» Segundo Carlos Vieira, é importante observar as alterações nestas três áreas, visto que a situação está novamente a mudar. «Por um lado, é esperado um regresso lento, mas constante, aos locais de trabalho físicos, numa transição que nos afasta do trabalho remoto. Por outro, a economia ainda se encontra num estado de incerteza que obriga as empresas a ajustar os seus orçamentos o mais possível, ao mesmo tempo que tentam evitar qualquer impacto na cibersegurança. A pergunta que se impõe é: como é que as organizações planeiam enfrentar estes desafios?»

Crescente consciencialização da cibersegurança
No mesmo estudo da Pulse, é notório que a consciencialização para as questões da cibersegurança continua a aumentar, a um ritmo lento, mas constante, sendo mesmo vista como uma das principais prioridades dos inquiridos: 60% acredita que a cibersegurança será a principal prioridade dos departamentos de TI neste trimestre (contra os 58% do trimestre anterior). «Mas este aumento da sensibilização para a protecção de dados é acompanhada por um forte interesse em infra-estruturas cloud», de resto a prioridade número dois da lista, com um aumento de 10% face ao trimestre anterior».

E porque é que há um interesse cada vez maior em infra-estruturas cloud? Carlos Vieira considera que este crescimento é «claramente» motivado pela vontade de reduzir custos, ao mesmo tempo que se incrementa a cibersegurança e a automação do fluxo de trabalho. No documento, 41% dos executivos vêem a transformação empresarial relacionada com as TI como uma das principais prioridades para este trimestre. «Os MPS exigem a tecnologia avançada necessária para proteger os ambientes de trabalho híbridos e empresariais dos dias de hoje, o que implica soluções de segurança inteligentes, baseadas na automação, que podem reduzir drasticamente as necessidades de monitorização manual e gestão de alertas».