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A revolução dos dados no retalho

Revolução no Retalho

A tecnologia ao serviço da eficiência

Imaginemos o seguinte cenário: um consumidor que já fez as suas compras, mas que se depara com uma fila para chegar até à caixa e concluir o processo. Outro: um cliente que precisa de ajuda para perceber se o produto está disponível no stock da loja. A tecnologia pode ser aplicada nestes casos, para ajudar a solucionar alguns destes contratempos com capacidade para prejudicar uma experiência de compra.

De acordo com o white paper da Fujitsu sobre o tema de retalho, as soluções para este sector permitem analisar quais são os locais mais movimentados dentro das lojas, recorrendo a sensores. Desta forma, é possível aos gestores de loja reforçarem os pontos mais concorridos da loja com mais colaboradores.

Outra das possibilidades da tecnologia no retalho passa também pela mudança de plantas de loja, por exemplo. Se começa a ser perceptível que determinado corredor está mais cheio em determinado momento, há quem comece a mudar configurações de loja para perceber de que forma a experiência de compra e navegação pela loja pode ser mais confortável.

A analítica de localização também ganha uma dimensão cada vez mais apetecível, especialmente quando se juntam sensores à mistura e notificações-push baseadas na localização, enviadas em momentos estratégicos. De acordo com pesquisas feitas, este tipo de notificações é entre seis a oito vezes mais eficaz do que as notificações tradicionais relativas a promoções.

Com a tecnologia e análise dos diferentes dados à sua disposição, surge também uma componente preditiva no retalho, especialmente interessante quando passada para o campo da detecção de tendências e optimização de preços. Actualmente, o reforço de stock já não está só ligado a factores mais tradicionais como a sazonalidade, por exemplo.

Os softwares analíticos cada vez mais sofisticados conseguem perceber aquilo que os consumidores vão querer (com muito deste tráfego a resultar da interacção com as redes sociais), permitindo que determinados produtos sejam alvo de reforço do inventário. E, como é claro, gestões de stock feitas de forma mais eficientes permitem poupança de recursos para as empresas.

 

A loja do futuro está a caminho?

Como em tudo, há que perceber que nesta ‘revolução’ se lida com uma panóplia de consumidores diferentes – afinal, o mesmo consumidor pode até preferir um determinado tipo de compra consoante um produto específico. No mundo do retalho, consumidores simpatizantes da experiência 100% tecnológica, sem interacção humana, vão coexistir com consumidores que não abdicam de uma troca de ideias com um lojista de carne e osso. Agradar a gregos e a troianos pode ser difícil, mas, de acordo com as diferentes visões, a tecnologia estará presente em diversos pontos da cadeia de compra, ainda que em diferentes graus de visibilidade para o consumidor final.

Provadores inteligentes

Que tendências vão marcar o retalho em 2018?

Robots: em 2017, a Amazon já utilizava este tipo de solução em 20% dos seus centros de logística, para acelerar trabalho. Em 2018, tudo aponta para que este tipo de soluções aumente.

Voz: as pesquisas, compras e encomendas por voz, feitas nos assistentes digitais como a Siri, Alexa ou Google Home, vão marcar o ano, também na indústria do retalho.

Dados vão motivar as decisões: as empresas que utilizem dados e machine learning vão ter uma vantagem competitiva, principalmente no que toca à optimização de rotas de entregas.

Sistemas de optimização de inventário: tudo para que quando o consumidor vá a determinada loja, possa ter o produto pretendido à espera. Estes sistemas também deverão ter a conta o aumento de procura de determinados produtos, motivados por um conjunto de factores.

Implementação de soluções de IoT: seja utilizando dispositivos para comunicação com o cliente tendo em conta a localização dentro de loja ou baseado noutros dispositivos móveis, a internet das coisas continua a ganhar visibilidade em 2018.

Mobile: o processo de compra passa cada vez mais pelos dispositivos móveis, seja no momento de pesquisa e comparação de produtos ou na finalização de compra. As soluções mobile, quer como um sistema complementar em loja ou no mundo virtual, vão continuar a ganhar importância.

Diversificação do modelo de loja: o modelo de loja tradicional, de grandes dimensões, virada para todo o tipo de clientes vai sofrer modificações. A tendência passa pela redução da dimensão de loja, privilegiando locais estratégicos para os consumidores, no conceito de loja de proximidade

Chatbots: o número de retalhistas com chatbots para funcionar como um assistente de compras e mais um elo de ligação para lojistas e consumidores vai aumentar. Plataformas como o Facebook Messenger são das mais escolhidas, devido ao elevado número de utilizadores que as utilizam.