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A inteligência da cloud

O discurso vai mudando à medida que o mercado amadurece. Se, antes, a mensagem era a de ir para a cloud a todo o custo, agora é ir para a cloud... mas de forma inteligente. Chamam-lhe a ‘cloud smart’ e é um conceito que implica escolher o melhor cenário para cada cliente, analisando cada workload e decidindo se é um bom ou mau candidato para migração para nuvem – e qual escolher.

starline/Freepik

De acordo com a Gartner, 60% das organizações que adoptaram uma estratégia ‘cloud first’ – termo que remete para a ideia de que a nuvem virá em primeiro lugar na estratégia das  equipas de TI – irá substituir este conceito por uma abordagem à nuvem inteligente, ou cloud smart, até 2023. A ideia é mais ou menos esta: em vez de migrar todas as aplicações para a nuvem, uma abordagem cloud smart permite que as organizações tenham uma visão estratégica sobre qual a infra-estrutura que melhor irá suportar e lidar com cada carga de trabalho. O objectivo, dizem os analistas, é que, desta forma, as empresas possam alinhar melhor a estratégia de cloud para atingir as suas metas e valores de negócios específicos.

Um futuro mais inteligente
Numa era de interligações permanentes, as organizações precisam de evoluir rapidamente e acelerar os seus processos de produção e negócios. Disto, ninguém parece ter dúvidas, assim como ninguém contesta que, com a explosão de dados, a adopção da cloud tornou-se um elemento essencial para garantir eficiência e tomar melhores decisões empresariais. «A cloud, graças aos benefícios que traz a todos os tipos de empresas e organizações, demonstrou ser a melhor forma de criar valor e impulsionar de forma rápida a transformação digital», defende a Amazon Web Services, um dos maiores fornecedores mundiais.

Para a Amazon Web Services (AWS), ser cloud smart significa ser ágil, ter elasticidade para se implantar globalmente em minutos e querer avançar com o seu negócio em direcção a um futuro mais inteligente e cada vez mais próximo. «A cloud possibilita o acesso a uma vasta gama de tecnologias, para que as organizações de todas as dimensões e áreas de negócio possam inovar mais rapidamente e construir quase tudo o que possam imaginar. Permite a rotação de recursos, à medida que são necessários, desde serviços de infra-estruturas, tais como computação, armazenamento e bases de dados, à Internet das Coisas (IoT), Machine Learning (ML) ou, por exemplo, data lakes e análises».

Ser cloud smart, para a empresa norte-americana, permite às organizações implementar serviços tecnológicos numa questão de minutos e passar da ‘ideia à implementação’ muito mais rapidamente. «Isto dá às empresas a liberdade de experimentar, testar com os clientes abordagens novas e diferentes, e, se necessário, transformar o negócio», até porque, defende a AWS, com a cloud, as empresas não têm de garantir armazenamento em excesso para lidar com futuros picos na actividade empresarial. «Em vez disso, podem ter apenas as quantidades de que realmente precisam, ou seja, o investimento financeiro pode ser faseado. Estes recursos podem ser escalados para cima ou para baixo, crescer e diminuir instantaneamente à medida que as necessidades do negócio mudam».