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A inteligência da cloud

O discurso vai mudando à medida que o mercado amadurece. Se, antes, a mensagem era a de ir para a cloud a todo o custo, agora é ir para a cloud... mas de forma inteligente. Chamam-lhe a ‘cloud smart’ e é um conceito que implica escolher o melhor cenário para cada cliente, analisando cada workload e decidindo se é um bom ou mau candidato para migração para nuvem – e qual escolher.

starline/Freepik

Cloud é a espinha dorsal das empresas
Ser cloud smart pressupõe que as organizações, de uma forma relativamente fácil, se possam expandir para novas regiões geográficas. Por exemplo, a AWS tem infra-estruturas em todo o mundo e garantiu à businessIT que as empresas podem implementar os seus serviços em múltiplos locais «com apenas alguns cliques»; a empresa lembra que a «aproximação física dos utilizadores finais reduz a latência e melhora a sua experiência».

Desta forma, a AWS lembra que as organizações cloud smart, em vez de despesas fixas (tais como centros de dados e servidores físicos), podem ter despesas variáveis e só pagam por TI à medida que a consomem. «A acrescentar, devido à economia de escala, as despesas variáveis são muito inferiores ao que pagariam para o fazer internamente». A AWS considera mesmo a cloud como «a espinha dorsal» de qualquer organização.

Em Portugal, a empresa diz ter clientes AWS em todas as indústrias e de todas as dimensões, desde a Galp e a NOS, a pequenas e médias empresas como a BeachCam, a Think Future e a Indie Campers, a startups como a Feedzai, a Outsystems e a Talkdesk e organizações do sector público como o Município de Cascais, a Federação Portuguesa de Futebol e o Município do Porto. «O que estamos a ver ultimamente é que cada vez mais os nossos clientes fazem uso de tecnologias avançadas de cloud computing, tais como ML, IA ou análise de dados», sublinha a empresa.

Uma cuidada análise
A Oracle vem corroborar a tendência identificada pela Gartner e defende uma evolução de cloud first para cloud smart. Rodrigo Vasques Jorge, technology country leader da Oracle em Portugal, explicou à businessIT que adoptar uma estratégia de cloud nas suas diversas formas como meio para a modernização e transformação digital requer uma análise das necessidades do negócio, tolerância ao risco e indicadores chave para o desempenho. «Na Oracle, consideramos importante realizar esse escrutínio e ter uma abordagem muito cuidadosa, desenvolvendo a estratégia certa, seleccionando os parceiros tecnológicos certos e acompanhando o ritmo de transformação dos nossos clientes».

A empresa defende que, historicamente, os requisitos de soberania de dados, segurança, latência, têm impedido a adopção de cloud pública relativamente às aplicações críticas. «A adopção por uma estratégia de cloud híbrida permite expandir a utilização da cloud e fornece a escalabilidade e o controlo necessários para as cargas de trabalho de missões críticas, tanto em governance como em compliance».