Ameaças cada vez mais complexas
O ano de 2022 foi «muito importante em termos de consolidação da oferta e foi muito bom constatar a forte adesão dos parceiros à mais recente linha de negócio, a protecção de endpoint», esclarece António Melícias Correia, area sales manager Portugal da WatchGuard. O responsável lembra ainda que, no ano passado, o mercado «corroborou a necessidade de uma plataforma unificada de gestão para lidar com a cibersegurança».
Para 2023, as previsões são animadoras: «Estamos convencidos de que o ritmo não vai abrandar e que tecnologias como as de autenticação multifatorial vão ser cada vez mais reconhecidas pelos decisores como uma necessidade básica de segurança». Sobre as ciberameaças, António Melícias Correia refere que são «cada vez mais complexas» e que «esta sofisticação vai continuar a evoluir». Durante o próximo anos, a WatchGuard «antecipa que os hackers tentarão contornar as defesas utilizando novas técnicas centradas em processos empresariais, identidade e inteligência artificial». O sales manager fala ainda de seis grandes tendências: «A segmentação por sectores dos requisitos dos ciberseguros; a avaliação e validação da cibersegurança interna como factores preponderantes na selecção de fornecedores e parceiros; a perpetração de hacks no metaverso e nos robotáxis; o uso de engenharia social na autentificação multifactorial; e a proliferação de vulnerabilidades através de ferramentas de geração de código».
Desafiador para as empresas
Nuno Archer, CEO da Winsig, revela que a empresa fechou o ano de 2022 com um crescimento superior a 10%» e justifica os bons resultados com o facto de as «PME portuguesas estarem cada vez mais conscientes da necessidade de fazerem evoluir os seus processos de gestão, para melhorarem a sua produtividade». Sobre 2023, o responsável não tem dúvidas: será «um ano desafiador para as empresas», em especial pela «subida da taxa de inflação e das taxas de juros para níveis nunca atingidos na última década». Mas Nuno Archer está optimista quanto à Winsig, pois as «necessidades de digitalização e automação de processos continuarão a ser prioritárias para as empresas». A implementação de um «bom software de gestão vai continuar a necessitar do acompanhamento de consultores especializados que façam com que esse software evolua a par com o crescimento da empresa e com o aparecimento de novas exigências fiscais e regulatórias».
Já sobre as apostas da tecnológica para continuar a crescer, a estratégia está delineada como refere o CEO: «Continuaremos a apostar no desenvolvimento de boas-práticas sectoriais, focados sobretudo em cinco sectores: construção, comércio por grosso, retalho, indústria e serviços. A aplicação da automação robótica de processos também é uma área onde estamos envolvidos e que acreditamos que irá continuar a crescer, pois tem um enorme impacto na produtividade. Actualmente, esta tecnologia atingiu preços muito competitivos e a sua utilização continuará a crescer dentro das PME», conclui.
Oportunidade para os mais ágeis
Para a Unipartner, 2023 será um «ano de investimento», afirma Fernando Reino da Costa, CEO da tecnológica. O responsável destaca ainda os investimentos feitos «em várias áreas, programas e nas pessoas, nomeadamente no crescimento da equipa e da sua qualificação». Fernando Reino da Costa realça que a empresa integrou «75 colaboradores procedentes de programas de requalificação, como o UPskill e o REqualificar +DIGITAL». Desta forma, «a rota de crescimento delineada foi executada com grande sucesso».