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A inteligência da cloud

O discurso vai mudando à medida que o mercado amadurece. Se, antes, a mensagem era a de ir para a cloud a todo o custo, agora é ir para a cloud... mas de forma inteligente. Chamam-lhe a ‘cloud smart’ e é um conceito que implica escolher o melhor cenário para cada cliente, analisando cada workload e decidindo se é um bom ou mau candidato para migração para nuvem – e qual escolher.

starline/Freepik

Por isso, este profissional não parece ter grandes dúvidas de que o futuro das TI passa, obviamente, pela cloud. «Aliás, esta pandemia trouxe-nos várias aprendizagens no que diz respeito às tecnologias da informação, nomeadamente como podemos usar a nuvem de uma forma mais eficaz para ajudar os nossos negócios. O que vemos agora é que as empresas que já estão na cloud querem melhorar as soluções. Para as que não estão, ou têm poucas soluções nativas, a pandemia mostrou qual o caminho a seguir».

Nuno Melo está convicto de que a pandemia veio apenas acelerar, ou tornar mais evidente, esta necessária transição para a nuvem, já que esta permite «optimizar custos e, mais importante, criar o ambiente perfeito para inovação». No mundo actual, o gestor é da opinião de que perder e ganhar acontecem a velocidades nunca antes vistas, sendo a disrupção o novo normal: «Para jogarmos e ganharmos neste complexo tabuleiro, a cloud é fundamental, pela flexibilidade que oferece».

O melhor dos cenários
Para a Claranet, uma abordagem sloud smart significa escolher o melhor cenário para cada cliente, analisando cada workload e decidindo se é um bom ou mau candidato para migração para nuvem – e qual escolher. Em declarações à businessIT, Pedro Teixeira, cloud sales specialist da Claranet, explica que, para ajudar a decidir, são analisadas várias dimensões: negócio, operações, equipas, plataforma, processos e segurança: «Para a Claranet, a cloud é híbrida e, como tal, não deveremos assumir uma solução antes de conhecermos o próprio negócio do cliente».

Questionado sobre o que é que, hoje, as empresas mais privilegiam na sua abordagem à nuvem, o executivo menciona desde logo a flexibilidade, que continua a ser um dos principais pontos – seja ela financeira (cada vez mais os clientes dispensam os compromissos a longo prazo e os grandes investimentos iniciais) ou tecnológica (no limite, querem o que de melhor cada cloud tem para oferecer, transformando a sua infra-estrutura numa plataforma multicloud).

«O parceiro que os acompanha é também um ponto a ter em conta, uma vez que muito do know-how tecnológico reside neste elemento, quer pela experiência de outros projectos, pela constante formação de pessoal técnico, ou pela disponibilidade para abraçar projectos críticos».