Reactivação económica das empresas
Josep María Raventós, country manager da Sage Portugal, salienta o «salto digital sem precedentes e que, em condições normais, demoraria ainda vários anos a acontecer». O responsável considera que o ano anterior foi «desafiante», mas mostra-se satisfeito com tudo o que foi alcançado: «Quando o terminámos, não poderíamos estar mais orgulhosos de tudo o que conseguimos realizar». Entre os destaques, o country manager refere a capacidade de adaptação dos colaboradores, clientes e parceiros; a manutenção do recrutamento; o aumento do número de novos clientes e dos com modelo de subscrição e o crescimento dos parceiros.
A prioridade para 2021 «é proteger e manter a base de clientes» e o principal foco é a digitalização das empresas: «Acreditamos que é através dessa evolução que se vai basear a sua recuperação económica, bem como a reactivação do País. Sabemos também que vai ser um ano particularmente desafiante para as organizações», explica Josep María Raventós.
O responsável não dramatiza a situação, mas também não a atenua: «A situação é inegavelmente difícil e não lhe vemos um fim, mas não podemos baixar os braços. Todas as crises trazem oportunidades e temos de as saber aproveitar da melhor forma».
Continuidade de projectos
A HP «teve a sorte de ter uma grande parte da sua operação a trabalhar num mercado que foi, em grande medida, beneficiado pelas tendências tecnológicas trazidas pela pandemia», diz José Correia, director-geral da HP Portugal. Assim, «houve contracção económica, como é o caso da impressão industrial ou empresarial», mas a empresa conseguiu «um ano fiscal positivo e em linha com os objectivos».
Sobre o que espera para este ano, o responsável é optimista: «Acreditamos que, ao longo de 2021, iremos continuar a assistir a uma dinâmica positiva no sector das TI, fruto de alguma continuidade de muitos projectos de transformação de parques tecnológicos».
José Correia não tem dúvidas de que as empresas «não querem voltar a ser apanhadas desprevenidas» e que, por isso, vão «continuar a investir em tecnologia». O director-geral realça, ainda, o papel do Estado português: «Tem um plano ambicioso, que será um catalisador para muitos dos sectores do mercado das TI em Portugal».
Apostar no mercado nacional
«Globalmente positivo, quer a nível nacional, quer internacional». Foi assim o ano de 2020 para a Askblue, salienta Carlos Costa Cruz, head of marketing & partnerships da empresa. «Os receios de impacto no negócio internacional foram infundados» e, em Portugal, o «caminho de crescimento continuou» e a empresa «aumentou o número de iniciativas nos actuais clientes».
O responsável revela que, para a Askblue, é «muito importante entregar projectos com qualidade em Portugal» e esperam «continuar a crescer, nas várias ofertas e em especial no mercado internacional» em 2021. Carlos Costa Cruz traça a estratégia para este ano: «Sabemos que os projectos de transformação digital são cada vez mais importantes nas empresas e queremos ajudar os nossos clientes a serem cada vez mais competitivos. Queremos ainda continuar a atrair talento que goste de entregar projectos com qualidade, trabalhar em equipa e vontade de aprender».