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2021: ano de crescimento, apesar da pandemia

As empresas de TI a operarem em Portugal estão confiantes que este será um ano de recuperação. A verdade é que muitas delas até conseguiram crescer em 2020, apesar de ter sido um ano desafiante e que obrigou muitas a reinventarem-se. Para 2021, há um optimismo moderado, mas as empresas vão continuar a investir, a contratar e a ajudar clientes na sua transformação digital.

Inovação continua a ser fundamental
Num ano marcado pela transformação digital e o teletrabalho, «a cloud, passou a ser um facilitador ainda mais crítico para a continuidade dos negócios», refere Rodrigo Vasques Jorge, technology country leader da Oracle Portugal. O ano fiscal da Oracle está desfasado do ano civil e, por isso, «embora tenha havido um impacto da pandemia no balanço global de 2020, este acabou por ser um ano positivo». Sobre o foco para este ano, Rodrigo Vasques Jorge esclarece que será, sem dúvida, no I&D e na nuvem, uma das áreas de crescimento da Oracle nos últimos trimestres: «Iremos manter a nossa aposta na inovação, oferecendo aos nossos clientes as melhores tecnologias cloud disponíveis e a nossa ampla gama de aplicações de negócio totalmente integradas e que respondem às necessidades de ERP, SCM, HCM e de CX».

Ano complicado para a segurança
O ano de 2020 revelou «algumas fraquezas ao nível da cibersegurança», nomeadamente devido ao trabalho remoto e às formas de colaboração e «fez surgir a necessidade de as empresas actuarem para protegerem a actividade» – contudo «ainda há muito a fazer neste novo ano», diz Alfonso Ramirez, director-geral da Kaspersky Ibéria. Na Europa, no que diz respeito ao orçamento geral de TI, «a segurança informática cresceu ligeiramente em 2020 e, por isso, «apesar da pandemia e de todo o contexto de incerteza, foi um ano bom para a Kaspersky». O responsável esclarece que foi também o ano em que a empresa, «mais que nunca», colocou em prática a missão de trabalhar com «rigor e qualidade», para «conseguir continuar a garantir a melhor protecção tanto às pessoas, como às organizações».

Sobre as perspectivas para 2021, Alfonso Ramirez, explica quais serão os focos: «Continuaremos a apostar em soluções que vão além do endpoint, como o EDR, e na cibersegurança industrial. Em termos gerais, a nossa intenção é continuar a aumentar a nossa presença, tanto em mercados B2C como B2B – em non-endpoint e em serviços de inteligência de cibersegurança».

Benefícios da aquisição da Panda
Carlos Vieira, country manager da WatchGuard Technologies Portugal, diz que se vive uma época em que «intensificaram as preocupações com a segurança por parte dos consumidores particulares e das empresas» e que há, por isso, um «aumento da procura, quer global, quer em Portugal, de soluções». Tudo isto fez com que o «negócio da WatchGuard em Portugal tenha corrido “vento em popa” em 2020», tendo registado «um crescimento de dois dígitos».

Além disso, o responsável destaca a aquisição da Panda Security: «Permitiu-nos alargar o nosso portfólio e oferecer protecção avançada ao nível do endpoint, uma necessidade há muito tempo manifestada pelos nossos parceiros que se revelou chave neste novo cenário». Para o próximo ano, a empresa espera ainda beneficiar destas vantagens: «Apesar dos desafios impostos pela crise pandémica, a nossa rede de parceiros e, consequentemente, a WatchGuard conseguiu fazer crescer o seu negócio, sendo previsível que esta tendência se mantenha em 2021, reflectindo igualmente os benefícios decorrentes da aquisição da Panda Security».