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2021: ano de crescimento, apesar da pandemia

As empresas de TI a operarem em Portugal estão confiantes que este será um ano de recuperação. A verdade é que muitas delas até conseguiram crescer em 2020, apesar de ter sido um ano desafiante e que obrigou muitas a reinventarem-se. Para 2021, há um optimismo moderado, mas as empresas vão continuar a investir, a contratar e a ajudar clientes na sua transformação digital.

O responsável considera, no entanto, que 2021 vai ser um bom ano: «A nossa expectativa é continuar a crescer e a fortalecer a nossa presença, quer no mercado nacional, quer internacional. Estamos confiantes e optimistas para este ano, temos como objectivo chegar aos vinte milhões de euros de volume de negócio e aos trezentos colaboradores». Este sentimento deriva, segundo José Oliveira, das áreas em que actua, nomeadamente data analytics e inteligência artificial (IA) serem «cada vez mais cruciais para as organizações».

Software cada vez mais importante
O CEO da PHC Software, Ricardo Parreira, descreve o ano que agora terminou como «de desafios superados e com muita adaptação rápida». Segundo o mesmo foi, acima de tudo, um ano que mostrou que a transformação digital é «incontornável no caminho do sucesso». Hoje, Ricardo Parreira consegue dizer que é «óbvio» que 2020 «provou que a tecnologia é um grande aliado da gestão», já que «permitiu que as empresas funcionassem em teletrabalho durante o ano» e que «muitos negócios reformulassem a sua actividade, ao mesmo tempo que controlavam os custos».

A empresa nacional não dá «prognósticos públicos por antecipação», mas Ricardo Parreira quer que a PHC «continue o trajecto de crescimento dos últimos anos», até porque a tecnologia será «cada vez mais vital para o crescimento das empresas, da economia e do próprio país». O CEO lembra que «não é possível gerir uma empresa de forma sustentável sem software» e que 2020 tornou isso «ainda mais óbvio», ao mesmo tempo que acrescenta que «as empresas vão apostar cada vez mais em software para terem uma boa gestão e serem competitivas, e não só as grandes».

Reforço internacional
A Noesis faz um «balanço positivo, tendo em conta o contexto». Alexandre Rosa, CEO da Noesis diz porquê: «Apesar de não termos atingido os objectivos inicialmente definidos para este ano, a verdade é que conseguimos reagir de forma muito rápida e aproveitar, até, algumas oportunidades que a pandemia proporcionou. Assim, o impacto negativo não foi tão acentuado como as projecções iniciais apontavam».

Quanto às perspectivas para 2021, são de «crescimento no volume de negócios e de reforço da operação Internacional, nomeadamente, no Brasil e em Espanha», afirma o responsável.

Mas o CEO sabe que os cenários e as perspectivas agora traçados «dependerão da evolução do contexto pandémico e de crise nos principais mercados onde operam». De qualquer forma, a Noesis, acredita que «os sinais para 2021 são animadores».

Continuar a investir
Apesar de o ano fiscal da Konica Minolta só terminar em Março de 2021, Vasco Falcão, director-geral da empresa para Portugal e Espanha assume que 2020 foi um ano «muito desafiante», com «um misto de sentimentos em duas áreas principais: a impressão e a gestão digital de documentos e processos». No primeiro caso, a marca perdeu «volume de impressão devido ao confinamento e ao facto de muitas pessoas estarem em teletrabalho»; ao mesmo tempo, houve «alguma transferência de negócio para a impressão doméstica». Já ao nível das soluções transformação digital, a Konica Minolta registou um «crescimento».

O próximo ano vai depender dos «índices de confiança da economia e dos empresários», mas o director-geral mostra-se confiante: «Vamos continuar a fazer o que está no ADN da Konica Minolta, apesar de o contexto económico não ser o melhor. Vamos continuar a investir, a mostrar qual será o melhor caminho no mercado e como a tecnologia pode alavancar a transformação. Vamos continuar presentes para mostrar aos nossos parceiros e clientes qual o caminho que nos pode retirar desta depressão em que nos encontramos».