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O (real) valor das TI

Os investimentos em tecnologia têm vindo a crescer de forma substancial dentro dos gastos corporativos. E como «com grande poder, vem uma grande responsabilidade”, os accionistas, administradores, executivos e responsáveis pelas empresas ‘exigem' que esses investimentos estejam alinhados com a estratégia de negócio.

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Tendências de investimento

Business Analytics
De acordo com a Forbes, até 2020 haverá mais de cinquenta mil milhões de equipamentos ligados. Se, a isto, somarmos o facto de que um novo dado é criado a cada segundo, há muita informação a ser produzida e que pode ser aproveitada em benefício do negócio. São, por isso, várias as consultoras a apontarem o Business Analytics como a metodologia ideal para fazer um bom aproveitamento do Big Data. Baseado em análises preditivas e algoritmos analíticos, é suposto o Analytics Business oferecer insights para o negócio, tornando-os facilmente interpretados e eficientes. «Essa com certeza é uma grande prioridade de TI», confirmou Carlos Figueiredo.

Gestão de risco e segurança da informação
À medida que a partilha de dados entre equipamentos aumenta, maiores são os riscos de invasão ou possibilidades de violação, sendo imprescindível a segurança do fluxo desses dados, nomeadamente para que sejam cumpridos os parâmetros do RGPD já em vigor. É transversal a todas as consultoras e empresas de análise que a segurança irá manter-se como um dos focos de investimento.

Machine Learning e Inteligência Artificial
Para potenciar a experiência do cliente, os analistas de marketing advogam o uso da Inteligência Artificial e machine learning, uma vez que os algoritmos podem ser treinados para oferecer conteúdos personalizados: as redes sociais e a Netflix são bons exemplos. As recomendações de séries e filmes baseados na preferência do utilizador acontecem porque o algoritmo foi desenvolvido para aprender os hábitos dos consumidores e “pensar” como humano. Tudo isto acaba por estar interligado com Business Analytics, já que que os algoritmos podem, da mesma forma, aprender a interpretar os dados e, assim, aplicá-los ao negócio.

Experiência do cliente
Com ligação directa a tudo isto, aos algoritmos, ao machine learning… temos a experiência do cliente. Se, antes, os analistas de marketing falavam em público-alvo, hoje é ‘persona-alvo’, pois cada consumidor, cada cliente, exige agora uma atenção e parametrização de oferta personalizada. O investimento em tecnologias que potenciem esta personalização é tida como um dos grandes alvos de investimento nos próximos tempos.

Modernização de sistemas legacy
Este é o calcanhar de Aquiles de muitas empresas. Numa altura em que se quer organização e facilidade de utilização dos softwares corporativos, os do tipo legado podem apresentar alguns problemas às empresas, visto que, segundo Carlos Figueiredo, a lentidão é uma característica comum, a manutenção não poder ser automatizada, além de os sistemas legacy estarem conotados com alguma desatualização. Portanto, estes os sistemas legados «precisam de passar por modernizações para poderem estar mais responsivos e eficientes».

Cloud
A nuvem continuará, invariavelmente, a ser uma tendência de investimento, dizem todas as consultoras, sem excepção. Ao invés de depender de computadores próprios para armazenar informações, os servidores em nuvem garantem toda a segurança e acesso em qualquer plataforma, desde que haja chaves de autenticação para tal. «Assim, o uso de cloud pode favorecer os negócios também quanto a redução de custos, pois paga-se exactamente pelo espaço em uso», explicou à businessIT Carlos Figueiredo.