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Lenovo alcança liderança global do sector

O grupo Lenovo voltou a registar o melhor trimestre da história, um marco que se repetiu há três meses. Entre Outubro e Dezembro de 2020, o fabricante de tecnologia bateu recordes de facturação e lucro, com melhorias em todas as unidades de negócios e geografias, incluindo a liderança global do sector.

O contexto de pandemia tem vindo a impulsionar a venda de equipamentos informáticos nas suas mais variadas valências. A Lenovo anunciou uma receita recorde nos últimos três meses de 2020, alcançando os 17,2 mil milhões de dólares, um aumento de 22% em relação ao ano anterior.

Este foi o segundo trimestre consecutivo a alcançar recordes, facto impulsionado pelo forte crescimento dos principais grupos de negócios, bem como dos negócios de “transformação” da empresa. Segundo a Lenovo, os lucros também alcançaram novos recordes. A receita do terceiro trimestre (antes de impostos) aumentou 52%, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior: atingiu os 591 milhões de dólares. A receita líquida também subiu 53%, face ao período homólogo, para 395 milhões de dólares.

O crescimento sustentado da Lenovo foi explicado pelo «portfólio de produtos inovadores da empresa» que se «adaptam rapidamente para corresponder à cultura de trabalhar, aprender e brincar em casa» num mundo «rápida mudança», enquanto os investimentos em “transformação” continuam a gerar «novas oportunidades de crescimento a longo prazo».

Isto permitiu à marca chinesa acabar o ano na liderança de computadores a nível mundial, europeu (conseguiu 25,7% de quota de mercado na zona da EMEA) e ibérico (subiu de 28 para 32% de quota de mercado).

Em Portugal, a Lenovo terminou 2020 “empatada” com a HP, na área do consumo, e em segundo lugar, na área comercial. Numa conferência de imprensa para jornalistas ibéricos, Alberto Ruano, director da Lenovo para Portugal e Espanha, admite que a segunda posição se deve, acima de tudo, aos «problemas com excesso de procura e atrasos nas entregas». Ainda assim, não deixam de ser bons resultados, já que, em Portugal, a marca tinha apenas 4% de quota de mercado e, em 2020 superou os 30% em vários meses.

Pressão na indústria
Alberto Ruano lembrou que a procura mundial é «grande», havendo uma forte pressão sobre a indústria que lida, sobretudo, com dificuldades de falta de painéis para os ecrãs. O director da Lenovo disse que a pandemia fez com que a tecnologia «multiplicasse a sua presença nas vidas das pessoas, em empregos e escolas, o que permitiu que o número de dispositivos por pessoa crescesse «consideravelmente». Além disso, a tendência do mercado aponta agora para serviços premium, onde a Lenovo está especialmente confortável. «Todos nós queremos ecrãs e equipamentos melhores». Ruano comentou ainda a forma como viu a empresa evoluir em 2020: «Não nos orgulhamos de crescer por causa da pandemia, que tem sido um ultraje para toda a sociedade, mas sim da nossa capacidade de reacção». A operar em 180 mercados, e com mais de trinta unidades de produção em todo o mundo, as perspectivas para 2021 continuam «positivas».