Rui Garcia Santos aponta vários desafios que as empresas enfrentam ao adoptar a hiperautomação, nomeadamente a tentação de procurar soluções avançadas sem começar por etapas menos complexas. Outro desafio explorado pelo entrevistado foi a necessidade de maturidade no rastreamento de processos de negócio, assim como a importância da integração de sistemas e dados. «Não há automação sem integração», afirma, enfatizando a necessidade de plataformas de automação robustas e multifacetadas.
O impacto da hiperautomação na eficiência operacional e redução de custos é significativo. Segundo o IBM Institute for Business Value, empresas que adoptam automação inteligente podem esperar superar os concorrentes em capítulos como o lucro, o crescimento e a eficiência. «Estamos a viver mais tempo e temos menos filhos, contraindo a faixa etária entre os 16 e os 54 anos na qual assenta o tronco da força de trabalho» explica o especialista, assumindo a relevância da automação neste contexto demográfico.
Rui Garcia Santos não tem dúvida que a automação afecta profundamente a experiência do cliente, nomeadamente através da IA generativa, que permite a criação de conteúdo em diversos formatos, revolucionando a interação. Abordando casos de uso impactantes, cita exemplos no sector bancário, onde a automação levou a uma interacção digital completa com o cliente. Quanto às tendências futuras, menciona a adopção da IA generativa e da computação quântica por parte das grandes organizações.
A hiperautomação, conforme apresentada por Rui Garcia Santos, está a remodelar o mundo dos negócios, impulsionando inovações e permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado. No seu entender, esta revolução tecnológica não é apenas sobre a eficiência e a redução de custos, mas também sobre criar novas oportunidades e redefinir a forma como as empresas operam e interagem com os seus clientes.
Impulsionar a eficiência operacional
Andrew Haire, VP de Marketing de Produto na OutSystems, abordou à businessIT a ascensão da hiperautomação, realçando como esta integração de tecnologias avançadas está a remodelar o funcionamento das empresas. Segundo Haire, as empresas enfrentam desafios significativos ao adoptarem a hiperautomação, nomeadamente o facto de a integração de novas tecnologias com sistemas existentes poder ser complexa, exigindo tempo e recursos. Haire destaca: «A questão da qualidade dos dados, segurança e compatibilidade são barreiras importantes, assim como a resistência dos colaboradores às mudanças».