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Capgemini: ciberataques ao sector industrial vão aumentar no próximo ano

A falta de colaboração entre os administradores das fábricas e os chief security officers é uma preocupação para mais de metade dos inquiridos.

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Um estudo do Capgemini Research Institute conclui que 51% das empresas do sector industrial acredita que o número de ciberataques às fábricas inteligentes irá aumentar nos próximos 12 meses e que 47% considera que a cibersegurança ainda faz parte da lista de preocupações da administração.

O ‘Smart & Secure : Why smart factories need to prioritize cybersecurity’, que inquiriu 950 líderes, mostra ainda que apenas 51% dos entrevistados desenvolvem práticas de cibersegurança nas suas fábricas inteligentes.

A visibilidade a nível do sistema dos dispositivos IIOT e OT é essencial para detetar quando poderão estar comprometidos e 51% afirmou que os ciberataques às fábricas inteligentes são sobretudo provenientes das redes de parceiros e fornecedores.

No que diz respeito a incidentes, apenas algumas das organizações inquiridas afirmaram que as suas equipas de cibersegurança possuem os conhecimentos e as competências necessários para realizarem reparações urgentes relacionadas com a segurança sem precisarem de apoio externo. Assim, 57% das empresas inquiridas afirmaram que a escassez de talento na área da cibersegurança nas fábricas inteligentes é muito maior do que na área da segurança de TI.

A falta de colaboração entre os administradores das fábricas e os chief security officers é também uma preocupação para mais de metade dos inquiridos pela Capgemini. Esta ausência de comunicação dificulta a capacidade de as empresas detetarem precocemente eventuais ataques e agrava o nível do impacto dos consequentes danos.

Geert van der Linden, Cybersecurity Business Lead da Capgemini, explica que «os benefícios da transformação digital fazem com que os fabricantes queiram investir fortemente nas fábricas inteligentes, mas estes esforços podem ser destruídos muito rapidamente se a cibersegurança não for uma das principais prioridades a ser considerada desde o início».

O responsável explica porque a segurança deve estar no topo das preocupações: «O aumento das áreas susceptíveis a ataques, o número crescente de dispositivos de tecnologia operacional (OT) e de Internet Industrial das Coisas (IIOT) fazem das fábricas inteligentes um alvo muito apetecível para os cibercriminosos. A menos que a cibersegurança se transforme numa prioridade das administrações das empresas dificilmente o sector industrial poderá superar os desafios nesta área, educar os seus colaboradores e fornecedores, e simplificar a comunicação entre equipas de cibersegurança e líderes de negócio».