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Cloud continua a impulsionar o negócio da Oracle

As receitas de nuvem da multinacional cresceram 3% no segundo trimestre.

A Oracle reuniu os jornalistas para revelar os resultados do segundo trimestre do seu ano fiscal 2020, que terminou a 30 de Novembro de 2019. A empresa revelou que registou receitas globais de 9,6 mil milhões de dólares, um crescimento de 1% em relação ao ano anterior.

O  volume de negócios de empresa derivou sobretudo à cloud, os serviços e licenciamento destas soluções atingiu 6,8 mil milhões de dólares, um aumento de 3% comparativamente ao período homólogo.

Em relação ao mercado nacional, Bruno Morais, country manager da Oracle Portugal, explicou que não pode revelar os resultados de acordo com a política da empresa mas que os resultados, ao nível das receitas, são «em linha com o esperado, com receitas a crescer a single digit, mas de forma superior à casa-mãe». No que diz respeito à nuvem, o responsável salientou que também superou os 3% registados pela multinacional. Além da cloud, outra área de crescimento foi a ligada ao ERP e budget e orçamentação.

Bruno Morais revelou-se «moderadamente optimista« em relação ao futuro e disse que aposta é «dar as empresas o que elas querem e ao seu ritmo».

Quanto ao centro de competências de Matosinhos, inaugurado em Outubro de 2019, o country manager da Orcale Portugal fez «um balanço positivo» e esclareceu porquê: «Inicialmente o centro ia  dar apoio à região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), mas actualmente já serve empresas nos EUA e na América do Sul, prestando apoio a nível internacional. É algo que me dá satisfação enquanto português e enquanto multinacional. O facto de termos conseguido atrair o centro para o país e o sucesso do mesmo».

Bruno Morais referiu, no entanto, que este caminho não tem sido sem desafios já que «o objectivo de recrutamento já ultrapassou a fatia inicial das cem pessoas no primeiro ano» mas a empresa, «não está a conseguir contratar ao ritmo pretendido».

Glintt com ano positivo
No encontro esteve também o cliente e parceiro da Oracle, Glintt, para falar de alguns exemplos bem sucedidos de implementação de tecnologia da multinacional americana.

Nuno Vasco Lopes, CEO da Glintt, revelou que a empresa de capital 100% nacional, registou um crescimento das receitas de cerca de «6% até ao final terceiro trimestre de 2019», que deverá manter-se no trimestre seguinte. A empresa ainda não pode divulgar os resultados finais já que as contas ainda foram publicadas. O executivo destacou ainda «o aumento significativo da rentabilidade em cerca de 41%».

A tecnológica, que actua sobretudo no sector da saúde e reforçou o investimento em public cloud da Oracle no último trimestre, falou de dois de vários projectos feitos no âmbito da parceria. O primeiro referente a rastreabilidade de medicamentos através de um ID único que permite saber sempre onde está cada medicamento e outro relativo à recolha de dados anonimizados, em tempo real, de transacções nas farmácias para a optimização da gestão do fluxo de medicamentos.

A magnitude dos projectos foi também evidenciada pelo responsável da Glintt já que o primeiro resulta da «aplicação de uma directiva europeia de combate à falsificação de medicamento» e o segundo «está a funcionar em cerca de 2500 farmácias em Portugal e com todo o universo de distribuidores», correspondendo a um mercado total de 4 mil milhões de euros» em que a Glintt «controla cerca de 90%».