A Contisystems tem cinquenta anos de história. A inovação e a segurança têm sido sempre uma constante no seu percurso. Apesar de ter nascido como uma empresa de impressão em contínuo, hoje é muito mais que isso oferecendo soluções de pagamento e de gestão de comunicação com clientes.
A Contisystems foi o primeiro produtor certificado de cheques em Portugal e, por isso, ainda hoje tem uma ligação muito forte ao sistema financeiro. A empresa faz impressão e personalização de cartões, nomeadamente para bancos, e é certificada pela Visa e Mastercard. Nos anos noventa entrou na área de documentos personalizados e começou a receber dados variáveis dos clientes para produzir facturas, extratos bancários, cupões de desconto, entre outros produtos e em 2014 fez a implementação de uma solução completa de gestão de comunicação com os clientes.
«Em 2015, tivemos o primeiro desafio em que o cliente solicitou mudanças nos layouts e através de um parceiro desenvolvemos uma solução que nos permitia fazer a formatação da documentação. Depois tivemos outro desafio de uma entidade bancária para passar a fazer os templates, ou seja, fazermos nós o layout. Assim, nasceu uma nova área de negócio e surgiu a necessidade de guardar a informação nas nossas instalações e de se fazer uma custódia digital» explicou Bruno Neves, divisional managing director da Contisystems.
A custódia digital disponilizada actualmente pela empresa permite aos clientes, assim como aos utilizadores finais, aceder em tempo real a dados e documentos através de integrações simples feitas via webservices quer via aplicações mobile, aplicações web ou através de um portal da empresa. Toda esta informação é de carácter sensível e confidencial.
António Cardoso, director de TI da Contisystems considera mesmo que a empresa «é uma espécie de cloud privada para os clientes».
Segurança é a chave do negócio
É na vertente de gestão de dados dos clientes e da custódia digital que a Contisystem necessita de assegurar a protecção e privacidade dos dados. Em relação às entidades bancárias «há uma obrigatoriedade na manutenção de uma cópia fiel do que foi enviado aos clientes em formato de papel. Como os sistemas dos bancos eram legacy e não permitiam fazer isso, começou a ser a Contisystems a guardar essa informação e houve necessidade de começarmos a ter uma solução de armazenamento», afirmou Bruno Neves. E foi assim que começou a ligação à Dell, quando a empresa comprou a solução de arquivo Centera de forma a garantir o armazenamento e a segurança da informação.
Conforme nos indicou Sara Gomes, corporate account manager da Dell EMC, o «Centera é uma solução de arquivo que veio do legacy da EMC» e «foi concebida para guardar documentos do exército dos Estados Unidos que não podiam ser alterados», garantindo assim a inviolabilidade da informação.
Os requisitos e as necessidades dos clientes da Contisystems eram exactamente os mesmos, dado que a informação dos clientes que está a ser guardada é crítica e não pode ser adulterada.
Evoluir para criar novas oportunidades de negócio
A Contisystems necessitava de mais espaço de armazenamento dado que o seu negócio está em pleno crescimento e optou por adquirir a evolução do Centera, o Dell EMC Elastic Cloud Storage (ECS), dado que o anterior sistema estava em fim do suporte de vida.
A implementação do novo projecto demorou cerca de nove meses, se levarmos em consideração o tempo entre as primeiras conversas com o fornecedor da solução até ao final da migração da informação para o novo sistema que terminou neste mês de junho. «Tivemos de garantir que não havia impacto com a mudança para os nossos clientes», disse à businessIT António Cardoso.
Benefícios
São muitas as vantagens que a Contisystems já sentiu com a nova solução e o director de TI destacou a «facilidade de migração, a performance das novas máquinas» e o facto de as aplicações da empresa funcionarem novo sistema sem necessidade de qualquer modificação.
«Uma das razões da mudança foi que, a nível aplicacional, não tivemos de fazer qualquer alteração: as nossas aplicações continuam a funcionar da mesma forma, permitindo a continuidade, não sendo disruptivo o que por vezes acontece quando se implementam novas versões». O ECS «permite-nos funcionar da mesma forma, garantindo as redundâncias e até melhorar alguns aspectos que não tínhamos no passado a funcionar. Além disso, há um novo conjunto de serviços que podemos lançar em cima desta nova solução. Estamos a ver com os nossos clientes como é podemos evoluir».
Outro dos benefícios referidos por António Cardoso é que «no futuro, poderão usar a escalabilidade para a cloud ou escalar dentro do próprio equipamento. O tema aqui é garantir que para os nossos clientes isso é algo que possa acontecer. Por exemplo há clientes cujos os dados não podem sair de Portugal» e assim a empresa tem de garantir que os mesmos estão alojados no seu data center.
A Contisystems tem um data center em Lisboa, onde se encontra o ECS, com data recovery na sua unidade de Aveiro, que alberga também a unidade de Investigação & Desenvolvimento. «Da forma como está montado podemos até chamar-lhe um business continuity dado que a informação também está disponível em Aveiro e o cliente pode em qualquer altura consultar a informação em ambos os sítios».
A empresa espera assim alavancar o seu negócio nesta nova solução de armazenamento já que esta vai permitir, conforme foi referido, facilitar novos modelos de negócio e acompanhar o seu crescimento.