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Colt continua a apostar em Portugal e vai aumentar a equipa

A empresa irá reforçar o investimento no mercado nacional com a contratação de 25 pessoas até ao final do ano e está a estudar uma nova ligação de alta capacidade entre Lisboa e Madrid.

A Colt comemorou vinte anos em Portugal no final do ano passado, mas dada a situação da COVID-19, decidiu apenas agora reunir os jornalistas em Lisboa para fazer um balanço deste tempo de actividade. Carlos Jesus, country manager da Colt Portugal e VP global service delivery, explicou que a operação local se divide em «duas áreas»: uma que inclui o «negócio, as vendas e delivery» e outra, já com seis anos, de «prestação se serviços através dos três centros de competências».

Hoje, a empresa tem duas redes de área metropolitana (Lisboa e Porto), «830 km de rede de fibra óptica, 1700 km adicionais de rede de longa distância através da IQ Network» (que liga mais de 750 edifícios e doze data centers) e já «investiu mais de cem milhões de euros, entre infraestruturas, operações e recursos humanos».

Em 2022, a Colt espera continuar a crescer a «dois dígitos», no que diz respeito à área das «comunicações de dados» e a um ritmo menos elevado na de «voz». Além disso, o responsável diz que a empresa quer chegar aos 140 colaboradores até ao final do ano (neste momento, tem 115): para isso, está a recrutar software developers, especialistas de segurança, especialistas de redes IP e profissionais para as áreas de gestão e de apoio ao cliente. O objectivo deste reforço da equipa é «aumentar a capacidade de resposta face às necessidades crescentes dos clientes nacionais e internacionais». Ainda assim, Carlos Jesus reconhece que a empresa «tem tido algumas dificuldades no recrutamento devido à falta de talentos».

Portugal é ponto estratégico
A aposta da Colt passa também pelo aumento de rotas na Península Ibérica e Europa e nas ligações aos cinco centros de cabos submarino existentes em Portugal (Sines, Sesimbra, Seixal, Lisboa e Carcavelos); Carlos Jesus esclarece o motivo para tal: «Sentimos a posição estratégica que Portugal tem devido ao hub que está a ser criado de amarração de cabos submarinos e que está a tornar o País num ponto estratégico».

O responsável salienta ainda que há uma «aceleração» na procura por ligações de fibra óptica dedicada: «Há cada vez mais necessidade de comunicações para Portugal, tanto das empresas que se internacionalizaram, como das que estão a acelerar a transformação digital com serviços baseados em software, como das comunicações do estrangeiro para Portugal de empresas que criaram cá centros e de fornecedores de conteúdos».

O country manager refere que a Colt está «bem posicionada» nesta área» e que implementou, com a Ciena, uma «tecnologia inovadora, pela primeira vez no mundo», que «duplica a capacidade de transmissão de dados na ligação Lisboa – Madrid». A empresa está ainda a «estudar uma quarta ligação à capital espanhola», uma vez que a rota «está identificada como uma das que mais tem potencial de crescimento nos próximos anos», diz Carlos Jesus. A tomada a decisão deverá acontecer «dentro de dois meses» e, se for favorável à ligação, a instalação do novo cabo poderá demorar «entre 12 e 24 meses». Este tempo de implementação não é um problema, já que «não é uma questão de capacidade imediata, mas sim de necessidades futuras», destaca o responsável. Já sobre um possível investimento em infraestruturas de cabos submarinos, Carlos Jesus revela que «não é uma área de interesse» da Colt.