A S21sec publicou os resultados do seu relatório semestral sobre cibersegurança em que identificou 10 500 novas vulnerabilidades, das quais cinco mil têm um m nível crítico ou elevado.
No Threat Landscape Report, a empresa analisou a situação referente ao ransomware e rastreou um total de 1694 vítimas em todos os países do estudo nos últimos seis meses. Os EUA lideram a classificação dos países mais afectados (757 ataques) seguidos pelo Reino Unido, Canadá, Alemanha e França a fechar o top 5. Portugal aparece em 31º lugar de 101 países abrangidos pelo estudo.
De acordo com o estudo, os sectores que mais sofreram ataques de ransomware durante a segunda metade de 2021 são a electrónica de consumo e o imobiliário/construção. No entanto, também é de destacar o sector de serviços de TI e comunicação, com uma elevada incidência de casos.
Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec explica que a «encriptação dos dados, a exfiltração de informação sensível e consequente ataques DDoS estão a tornar-se cada vez mais como os 3 factores de pressão sobre as vítimas de ataques de ransomware».
O responsável salienta que o objectivo dos cibercriminosos «é obterem ganhos financeiros» já que «algumas das empresas em todo o mundo estão ainda dispostas a pagar um resgate e não revelar que foram vítimas de um ataque».
Além disso, destaca o ataque à Vodafone e como as telco estão debaixo de fogo: «O sector das telecomunicações tem sido um dos mais atingidos durante a pandemia, desde os embustes partilhados nas redes sociais sobre o 5G, até aos phishings em que os clientes das operadoras são aliciados com falsas ofertas de gigabytes gratuitos por causa do coronavírus ou concursos para ganhar telemóveis. Mais recentemente também foi notório o impacto que um ciberataque teve na operadora Vodafone e na forma como afectou todos os seus clientes pessoais e empresariais».
Segundo a S21sec, devido «à magnitude das consequências e aos grandes danos que podem ser causados, os ciberataques a sistemas de infraestruturas críticas tornaram-se um dos maiores perigos para a sociedade actual».
