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Cibersegurança e transição digital em foco no Alto Minho

A CIM Alto Minho reuniu especialistas e profissionais dos municípios locais nas instalações do CiTin, em Arcos de Valdevez, para debater os desafios e soluções para a segurança digital nas entidades públicas.

Sérgio Lopes, João Manue Esteves e Manoel Batista.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) organizou o evento Cibersegurança na Transição Digital da Administração Pública, que decorreu no CiTin em Arcos de Valdevez. Este encontro reuniu especialistas de renome, dezenas de profissionais dos municípios do Alto Minho e marcou o encerramento do projecto Egov Alto Minho 2020, financiado pelo NORTE-09-0550-FEDER-000038; o objectivo foi o de servir de plataforma para debater os desafios emergentes na transição digital das organizações públicas. Manoel Batista, presidente da CIM Alto Minho, sublinhou a importância deste projecto, que, ao longo dos anos, proporcionou um vasto conjunto de actividades focadas na transição digital. Na sua intervenção, o dirigente enfatizou a necessidade de capacitar os técnicos municipais com ferramentas eficazes para mitigar os riscos de violação de dados.

António Costa, representante do Centro Nacional de Cibersegurança e um dos oradores principais, destacou que a iniciativa, não só promoveu o networking e o estabelecimento de parcerias, mas também facilitou a partilha de informações vitais sobre as respostas existentes a nível nacional que apoiam a transformação digital, seja na Administração Pública ou nas PME. António Costa mencionou ainda a Rede de Centros de Competência em Cibersegurança, que incluirá a instalação de sete centros em Portugal, um dos quais na Zona Norte.

Os objectivos estratégicos destes centros passam por apoiar a transformação digital das organizações, do ponto de vista de cibersegurança, na capacitação, nos processos, na tecnologia, na obtenção de financiamento e na operação diária. Fomentar a colaboração/cooperação entre as várias entidades (a nível regional e nacional), assim como promover o empreendedorismo e a criação de ecossistemas regionais de cibersegurança são outras das missões destes Centros de Competência em Cibersegurança.

Um ponto de apoio local
Cada Centro de Competências actuará, numa região, como um ponto de apoio às organizações; segundo o Centro Nacional de Cibersegurança, irão disponibilizar e desenvolver orientações adaptadas às entidades, aconselhando-as na adopção das melhores práticas e processos em matéria de cibersegurança, além de acompanhar a implementação dessas mesmas orientações.

Os centros vão, ainda, servir de pontes e facilitadores nas actividades de capacitação das organizações e dos seus recursos humanos, através do programa de formação avançada em cibersegurança, a  C-Academy, e também nos processos de transformação digital disponibilizados através do  Polo de Inovação Digital – C-HUB. Por último, vão orientar as organizações e agentes locais no cumprimento dos requisitos legais e de certificação.

O evento contou também com as intervenções de Sérgio Ferreira (SGS Portugal), João Paulo Barraca (Universidade de Aveiro), Henrique Santos (Universidade do Minho) e representantes do IPVC – Luís Barreto, Pedro Pinto e Sara Paiva, bem como de Emília Cerdeira e Fátima Costa, da CIM Alto Minho.