O exemplo mais recente é o Assistente Virtual do Cidadão, baseado em ChatGPT e que resulta de uma parceria entre a AMA e vários parceiros privados. A sua missão é «disponibilizar um chatbot com avatar que responda às questões dos utentes, neste caso particular sobre a chave móvel digital. Trata-se de um piloto que aprenderá tanto mais quanto interagirem com ele, neste caso com ‘ela’, porque é uma assistente virtual». Este é, segundo Mário Campolargo, um óptimo caso de como podemos inovar, incluindo tecnologia emergente, disruptiva, generativa, «ao mesmo tempo se garante um ambiente seguro e saudável de prototipagem para todos e para todas».
O secretário de estado da Digitalização e da Modernização Administrativa não tem dúvidas de que nenhuma inovação surgirá de modo equitativo e socialmente aceitável se não tivermos uma educação de qualidade: «Em Portugal, as nossas universidades, os nossos politécnicos, assim como as nossas escolas de ensino obrigatório, têm demonstrado quão fundamental é desenvolver as técnicas e competências necessárias para impulsionar esta mesma inovação». Mário Campolargo falou em inovar na maneira de ensinar «enquanto estímulo da curiosidade intelectual, porventura, aquele que é o ingrediente secreto».
Em última análise, a noção de inovação parece transcender as fronteiras convencionais e abraça um espectro multifacetado de campos, indo além das fronteiras tecnológicas. Esta abordagem holística da inovação destaca a sua natureza essencialmente humana, enraizada na resolução criativa de problemas e na capacidade de repensar paradigmas estabelecidos. A diversidade de cenários onde a inovação floresce é notável, desde a esfera social, onde soluções inventivas abordam questões prementes, até ao reino das artes, onde a quebra de normas é a alma da expressão criativa.
Mais inovação traz mais lucro
Nem todas as empresas inovam com sucesso, é certo. Mas as que o fazem ganham uma relevante vantagem competitiva face à sua concorrência. Segundo uma pesquisa da McKinsey, que considerou a proficiência de 183 empresas em inovação e comparou essa avaliação com um banco de dados proprietário de lucro económico (o lucro total menos o custo de capital), as empresas que aproveitam os fundamentos da inovação obtêm uma vantagem de desempenho substancial que as separa das outras – dominar a inovação pode gerar um lucro económico 2,4 vezes maior do que o de outras empresas.