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Projectos tecnológicos do sector público em Lisboa chegam quase aos 238 milhões de euros no primeiro semestre de 2023

A TendersTool analisa regularmente os investimentos da administração pública portuguesa em empresas de TIC. No primeiro semestre de 2023, só no distrito de Lisboa, foram realizados 1451 projectos - a NOS foi a empresa com o maior valor adjudicado.

jcomp / Freepik

A plataforma de análise e consultoria, que aconselha empresas tecnológicas na sua relação com organismos da administração pública, mostrou o destino dos investimentos públicos nas TIC, em Portugal. No distrito de Lisboa, durante o primeiro semestre de 2023, foi atingido um valor de 237,6 milhões de euros, num total de 1451 adjudicações. No mesmo período do ano anterior, o montante foi mais elevado: 364,9 milhões de euros (1808 projectos). As principais empresas que realizaram iniciativas para o sector públicos foram a NOS Comunicações, com projectos avaliados num total de 19,8 milhões de euros; a MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, com 19,7 milhões; e a Crayon Software Licensing, com 12,2.

Já ao nível dos organismos públicos, aqueles que mais gastaram em tecnologia foram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que apresentaram um investimento de aproximadamente 55,8 milhões de euros; o Instituto de Informática, com 29,7 milhões; e a Autoridade Tributária e Aduaneira, com 15,1.

Segundo a TendersTool, as duas adjudicações com o maior montante foram feitas pelos SPMS: aproximadamente 9,5 milhões de euros à Crayon Software Licensing (aquisição de serviços de licenciamento de colaboração, servidores e computação em nuvem) e 5,7 milhões de euros à Claranet (serviços de licenciamento de software Microsoft e serviços conexos para as entidades do SNS).

Serviços foram o maior segmento de 2022
O Barómetro do Investimento TIC 2022 em Portugal da TendersTool coloca o investimento público em tecnologia em cerca de 900 milhões de euros e o número total de adjudicações em 7530. Os Serviços de TI foram o segmento em que a administração pública mais investiu – 439,5 milhões de euros; aqui, estão projectos de IaaS, PaaS, SaaS, desenvolvimento de software, consultoria e formação, entre outras. As restantes áreas foram as do Hardware (192,9 milhões de euros), do Software (156,5 milhões de euros) e das Comunicações (110,3 milhões de euros).

As três tecnológicas nacionais (ou a operar em Portugal) que mais fizeram negócio com o Estado foram a MEO, a Claranet e o Grupo Inetum. No top 10 estão ainda NOS, Axians, IGT Foreign Holding, HP Portugal, Vodafone Portugal, agrupamento Normática–Timestamp–WWS e Informantém. Os projectos destas dez empresas valem 340,3 milhões de euros, ou seja, 38,3% do investimento público em Portugal, no ano passado.

As entidades da administração pública que mais investiram foram os SPMS, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Município de Lisboa, o Município de Coimbra e a EDA-Electricidade dos Açores. Outros organismos públicos que também realizaram grandes investimentos em tecnologia foram a eSPap – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, o Instituto de Gestão Financeira da Educação, a Universidade do Porto, a Mobi.e e a Direção-Geral da Administração da Justiça.