Prakash Panjwani começou por explicar que a empresa tem como foco as «pequenas e médias empresas que precisam de serviços de cibersegurança», clientes finais que são «servidos por uma vasta rede de parceiros designados por managed service providers (MSP) – esta é uma das maiores forças da WatchGuard». O CEO revelou que a empresa evoluiu de acordo com duas tendências: «Há cerca de seis anos, vimos que os revendedores estavam a tornar-se fornecedores de serviços que, em vez de implementarem produtos, faziam a gestão dos mesmos para os seus clientes. Por outro lado, percebemos que cada vez mais empresas iriam depender de plataformas de segurança, à medida que as ameaças se tornassem cada vez mais complexas.
Assim, a WatchGuard evoluiu para se tornar uma empresa com uma plataforma de segurança unificada. Temos segurança de redes, Wi-Fi, endpoint, de identidade e tudo é gerido na cloud, numa única consola». A ThreatSync é a solução de detecção e resposta da WatchGuard, através da qual os MSP podem assegurar uma segurança de ponta-a-ponta aos seus clientes. Segundo Prakash Panjwani, nesta plataforma, «todos os produtos funcionam em conjunto, de forma automática e quanto mais dados o motor tem, mais aprende e melhor funciona». O responsável destaca ainda que isto significa que a segurança se torna «muito mais simples de fornecer e fica muito mais acessível». Além disso, a empresa está a apostar em centros de operações de segurança (SOC): o primeiro situa-se em Bilbao, onde a WatchGuard espera contratar «50 a 75 pessoas até ao final ano»; a empresa quer, aidna, abrir outro SOC, «em breve, na Índia».
Europa é o principal mercado
O CEO referiu que, nos últimos sete anos, a empresa «triplicou o seu tamanho» e que o mercado mais importante é a Europa: «Representa 50% das receitas». Em seguida, vêm os EUA, com 30%, a América Latina e a região da Ásia-Pacífico: «Somos muito grandes na Europa e a região de crescimento mais rápido é a Europa do Sul. Assim, Itália, França e a Península Ibérica têm sido as regiões de crescimento mais rápido nos últimos anos. Penso que a razão para isto tem que ver com o facto de haver muitas PME, nestes países».
O mercado nacional ainda está numa «fase inicial» – Prakash Panjwani considera que «existe uma consciência da necessidade de adopção de medidas e soluções de segurança», mas que Portugal« ainda não está ao mesmo nível dos outros países». No entanto, o responsável acredita que o País «está no bom caminho».
A estratégia para o sucesso passa pela inovação, esclareceu o CEO: «Os outros fornecedores não inovaram suficientemente depressa. Penso que, em parte, o nosso crescimento não se deve apenas à existência de novas ameaças, mas também ao facto de estarmos a conquistar quota de mercado a outros fornecedores que ficaram para trás. Os clientes querem uma solução de segurança que os proteja em todos os aspectos e é isso que oferecemos».
Uma «forma diferente de pensar» foi outro dos aspectos realçados por Prakash Panjwani para justificar os bons resultados e mostrar um ponto diferenciador da WatchGuard: «A maioria dos fornecedores pensa na comunidade de parceiros quase como um meio para o cliente final. Nós pensamos nos parceiros como o cliente e esta é uma mentalidade única. Por isso, tudo o que criamos é a pensar neles, no que lhes dá a possibilidade de chegar ao utilizador final e resolver os seus problemas. Trata-se, portanto, de uma estratégia única que nos permite inovar de forma muito diferente e mais rápida, mas também de criar os benefícios financeiros certos para os parceiros».