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ESET: malware no Android cresce 8% em 2022

Standret/Freepik

A ESET lançou o relatório Threat Report T1 2022, que reúne as principais estatísticas dos sistemas de detecção da empresa referentes aos primeiros quatro meses do ano. Uma das tendências presentes é o aumento das ameaças móveis ligadas as apps do sistema operativo da Google, que aumentaram 8% em relação ao último quadrimestre de 2021.

As aplicações de apropriação de dados privados cresceram 170% tendo sido esta categoria mais significativa do primeiro quadrimestre do ano. O spyware não rouba dinheiro directamente das suas vítimas; mas permite aceder a dados sensíveis, quer pessoais, quer de trabalho, que os cibercriminosos aproveitam mais tarde para monetizar.

De acordo com Ricardo Neves, Marketing Manager na ESET Portugal, «em muitos casos, as vítimas não sabem quando é que os seus dados roubados serão utilizados, podendo ser surpreendidas anos mais tarde, o que dificulta, por sua vez, a capacidade de determinar como tudo aconteceu. Isto significa que é provável que a maioria das pessoas afectadas pelo actual crescimento do spyware ainda não saibam que foram vítimas de roubo de informação».

Além do spyware, as outras categorias de ameaças Android que também cresceram foi o malware bancário (13,9%) quando no quadrimestre anterior tinha sofrido um declínio, as scam apps (27,7%), os clickers (31,6%) e os SMS trojans (145,2%).

No entanto, houve outros tipos de malware que diminuíram entre os últimos quatro meses de 2021 e os primeiros de 2022: actividades maliciosas de adware desceram 11%, as ameaças de stalkerware tiveram uma diminuição de 11,7% e o ransomware baixou 49,3%. Segundo a ESET, este último valor pode ser explicado «pela elevada volatilidade das criptomoedas que são normalmente utilizadas como pagamentos de resgate».