A Le Wagon quer fazer parte da solução e apostou na abertura de um bootcamp no Porto, depois do de Lisboa. Nuno Loureiro refere que instituições de ensino, como a que representa, têm «um papel essencial na mitigação do fenómeno da escassez de talento» nas TI: «Formamos pessoas com a motivação certa para entrar no mercado de trabalho tecnológico. As empresas estão cada vez mais a considerar bootcamps devido à alta competitividade por talento sénior, que quase sempre é vencida pelos grandes grupos tecnológicos com maior capacidade financeira. Neste sentido, têm vindo a ajustar a sua estratégia ao antecipar o recrutamento júnior para que este possa crescer dentro da empresa».
Empreendedorismo e inovação
Portugal, enquanto tech hub da Europa, não se pode esquecer a importância do ecossistema de startups e o que tem contribuído para esse papel. O responsável da IDC refere que Portugal é «provavelmente um dos melhores ecossistemas para se lançar uma nova startup e certamente um dos ecossistemas emergentes de empreendedorismo mais relevantes no mundo».
Fonte oficial da Portugal Ventures acredita que o ecossistema «tem vindo a evoluir de forma muito significativa, atraindo actualmente a atenção da esmagadora maioria dos fundos de capital de risco europeus», algo com que o responsável da Beta-i concorda: «Apesar de sermos periféricos geograficamente, estamos a deixar de o ser no que diz respeito a empreendedorismo e inovação, sobretudo dado o crescimento do mercado como um todo e à fixação de startups internacionais em Portugal. Já integramos o top 10 da EY dos países europeus mais atractivos para investimento».
Este é também um sentimento partilhado pela The Loop Co. O CTO da empresa sublinha que «o aumento dos olhares sobre Portugal enquanto hub tecnológico está, não só a criar um boost no ecossistema nacional, como também a gerar um crescimento virado para a sustentabilidade».
Um País mais competitivo
Para a Atos Portugal, as startups e o reforço do investimento nas áreas de inovação «são um motor para o crescimento económico, o que traz novos modelos de negócio e uma renovação sectorial», contribuindo, assim, para um País mais competitivo. João Lopes, da Bloq.it, é da mesma opinião e diz mesmo que «o ecossistema de inovação tecnologia, alimentado por muitas startups criadas durante os últimos anos, tem sido uma fonte de oxigénio para a economia, promovendo a criação de emprego, know-how e permitindo o seu crescimento».