Outra das tecnológicas ouvidas pela businessIT foi a Mercebes-Benz.io, a CEO Silvia Bechmann, diz que «Portugal tem vindo a fazer um caminho muito interessante» e que está a ter um papel «na inovação e criação tecnológica que merece foco e atenção». Sobre o centro, a responsável faz um balanço «extremamente positivo» e explica porquê: «Estamos a operar no país há cinco anos e queremos continuar. Hoje, somos mais de 250 profissionais em Portugal, e desenvolvemos mais de 30 produtos para o mundo. Queremos solidificar a nossa presença em Portugal, continuando a ver a nossa equipa a crescer num objectivo de longo prazo mais alargado».
Um longo caminho
O Algarve, mais concretamente Loulé, foi o sítio escolhido pela Atos Portugal para abrir o seu Local Delivery Center. Paulo Mendes Cabeçadas, head deste centro, explica que a empresa considera que «Portugal já é considerado um tech hub internacional» – para isso, basta verificar a «quantidade e diversidade, tanto de sectores como de origens, de organizações que escolheram o País para instalarem os centros».
No entanto, o responsável destaca que ainda «há um longo caminho a percorrer por forma a atingir a maturidade do ecossistema presente na Sillicon Valley». Sobre o hub da Atos, Paulo Mendes Cabeçadas destaca a sua importância: «O centro tecnológico superou todas as nossas expectativas e já contamos com cerca de 120 colaboradores. Esperamos chegar aos 200 ainda este ano integrados numa diversidade de projectos em diferentes áreas tecnológicas a prestarem serviços para clientes nas diversas geografias onde a Atos actua».
A Landing.Jobs já ajudou «dezenas de empresas» a instalarem-se no País – Pedro Moura, CMO da tecnológica, diz que Portugal «está bem», mas pode fazer «muito melhor», sobretudo adoptando uma «política mais activa de captação destas empresas». Também João Lopes, COO e co-fundador da startup Bloq.it, acredita que Portugal «tem consolidado a sua posição como centro tecnológico e de inovação a nível europeu e mundial» e que é possível até chegar a um patamar superior, caso sejam ultrapassados os «dois principais desafios actuais» que, na sua opinião, são «o ainda alto grau de burocracia e as condições fiscais».
Já Gabriel Coimbra lembra que ainda há muito a fazer para que Portugal seja considerado um centro tecnológico central na Europa e no mundo: «O desenvolvimento dos vários pilares do ecossistema é fundamental para termos um hub tecnológico em Portugal. Devemos incluir aqui as políticas públicas, regulação, capital, infraestrutura, capital humano, investimento em R&D, universidades e um mercado corporativo dinâmico e com escala».