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Bosch regista vendas de 1,7 mil milhões de euros e cresce 5% em Portugal

Este ano, as perspectivas da empresa no País são de manter ou mesmo aumentar o crescimento, mas tudo dependerá da conjuntura internacional.

A Bosch anunciou os resultados do ano fiscal de 2021 com vendas no valor de 1,7 mil milhões de euros em Portugal, o que corresponde a um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. No que diz respeito às vendas consolidadas, a empresa registou 346 milhões de euros, um aumento de 14% em comparação com 2020.

A empresa mantém-se como um dos maiores empregadores do País com 5788 colaboradores, dos quais 900 engenheiros (mais 250 que em 2020), e uma das maiores exportadoras com um nível de exportação superior a 97% e para mais de 50 países em todo o mundo.

Ao nível das unidades de negócio, a de Soluções de Mobilidade, que foi fortemente afectada nos últimos dois anos pela pandemia e pela escassez de componentes, decresceu 5% relativamente ao ano passado. Algo que poderá mudar este ano já que a conjuntura de mercado está a mudar.

Já a área de Energia e Tecnologia de Edifícios teve uma evolução positiva com a unidade de Aveiro, dedicada à produção de soluções de água quente, a registar um crescimento de 26% em 2021 e a unidade de Ovar, onde o foco é em tecnologias de videovigilância, intrusão e comunicação, a ter um aumento de 36% nas vendas relativamente ao ano anterior, que se reflectiu também num aumento de 15% dos colaboradores.

Por último, a unidade de Service Solutions em Lisboa, dedicada à prestação de serviços nas áreas de experiência de cliente, mobilidade, monitorização e processos de negócio, registou um crescimento de 15%, ultrapassando o volume de negócio anterior à pandemia, e a de Bens de Consumo, que engloba os electrodomésticos e as ferramentas eléctricas, teve um crescimento de 16% em 2021.

Carlos Ribas, Representante do Grupo Bosch em Portugal, diz que a empresa teve «um desempenho global positivo, recuperando para os níveis pré-pandemia» e falou do investimento em I&D: «Em 2021 alocámos cerca de 50 milhões de euros na criação de soluções tecnológicas inovadoras e submetemos o registo de mais de 50 patentes. Assinámos ainda novas parcerias com universidades portugueses, dando, um claro sinal de que a Bosch pretende continuar a investir no País. Uma aposta que se materializa nas mais de 350 vagas que temos disponíveis para os centros de desenvolvimento e que iremos preencher no ano actual».

Carlos Ribas e Javier Gonzalez na apresentação de resultados.

2022 deve ser de crescimento
Este ano, as perspectivas são de manter ou mesmo aumentar o crescimento como salienta Carlos Ribas: «Com base nos quatro primeiros meses do ano, esperamos uma evolução positiva em Portugal em 2022. Vamos continuar a crescer principalmente nas áreas de I&D e serviços partilhados, e expandir quer as nossas instalações, quer as parcerias de inovação com centros de conhecimento e competências em Portugal. No entanto, a conjuntura internacional actual faz com que seja necessário sermos cautelosos nas previsões para o ano».

O responsável revela que o investimento da Bosch em Portugal para este ano de 2022 deverá «rondar os 100 milhões de euros» e revela quais serão alguns dos projectos: «Em Ovar, está a ser ultimada a inauguração das novas instalações que vão albergar as equipas de I&D e permitir a contratação de cerca de 50 novos colaboradores até ao fim de 2022; em Aveiro, as equipas preparam um novo edifício para logística e áreas comuns para os colaboradores. A Bosch está ainda a planear a ampliação das instalações em Braga com a construção de dois novos edifícios para aumentar a capacidade de I&D e a capacidade produtiva e tecnológica».

Já Javier González Pareja, Presidente do Grupo Bosch em Portugal e Espanha, faz um balanço da actividade e fala do futuro da empresa: «A Bosch tem mostrado uma excelente performance em Portugal nos últimos anos. O grupo acredita em Portugal no talento dos portugueses, o que nos traz segurança e confiança para o futuro, mesmo numa conjuntura difícil como a actual. Vamos continuar a contratar perfis especializados e a expandir as nossas áreas de produção e escritórios, continuando a fazer da I&D um dos pontos fulcrais das nossas actividades».