NacionalNotícias

Estudo revela que PME portuguesas estão confiantes no futuro e esperam crescer nos próximos 3 anos

O barómetro da Yunit Consulting revelou que mais de 50% das pequenas e médias empresas nacionais reconhece que a pandemia acelerou a sua transformação digital.

Freepik

Os resultados do primeiro Barómetro Heróis PME, que teve como objectivo apurar o sentimento das pequenas e médias empresas de Portugal face à recuperação no futuro próximo, mostram que, apesar do período de instabilidade, as PME estão confiantes no crescimento nos próximos 3 anos – mais de 50% dos gestores espera alcançar um crescimento significativo entre 10 a 30% e há mesmo 10,1% que perspectiva um aumento entre os 40 e 50%.

O estudo feito pela Yunit Consulting contou com 217 PME nacionais e segundo Bernando Maciel, CEO da consultora especializada em investimento e capitalização das empresas, o mesmo tem já em conta a guerra na Ucrânia: «80% das organizações que responderam ao inquérito já o fizeram após 24 de Fevereiro e, dessas, 78% fizeram-no após 11 de Março. Isto permite-nos concluir que o sentimento de confiança partilhado pelos empresários já teve em conta de alguma forma o contexto actual económico e geopolítico».

A pandemia trouxe também maior preoucpação com as alerações climáticas, 69,6% dos inqueirios revela que a sustentabilidade se tornou num tópico mais importante para a sua empresa e a relevância da avaliação e gestão de risco aumentou em 26,8% face ao período pré-pandemia. Além disso, a crise da COVID-19 ajudou na transformação digital com 50,7% dos gestores a afirmar que a acelerou a digitalização e 62,7% a reconhecer que a adopção de uma estratégia digital tem influência na vantagem competitiva da sua empresa.

As PME começaram também a dar maior importância ao plano de continuidade de negócio (antes da pandemia 62,2% tinham este tipo de plano e passaram a ser 84,8%) e de estabelecer parcerias de negócio (94,5%). Sobre o que levou a que as empresas nacionais conseguissem superar a pandemia, as respostas foram para a capacidade de adaptação/flexibilidade (52,2%), a capacidade de inovar (51,6%), a qualidade do produto/solução que oferece (48,8%) o talento humano (47,5%) e a confiança dos clientes (39,6%).

Por outro lado, os gestores identificam a organização e melhoria de procedimentos, a eficiência produtiva e o desenvolvimento de novos produtos/processos como principais áreas onde existe mais margem de melhoria do desempenho das suas empresas.

O responsável da Yunit Consulting salienta ainda as principais conclusões do barómetro: «Após a leitura atenta dos resultados, é possível afirmar que as empresas estão dispostas a enfrentar os desafios que se avizinham para construir um futuro mais sustentável e digital, que a maioria saiu fortalecida no pós-pandemia e que as perspetivas de crescimento para os próximos 3 anos são animadoras. Por outro lado, é de salientar que saiu reforçado o sentimento e a necessidade de apostar no estabelecimento de parcerias de negócio, bem como de olhar de forma mais atenta para temas como avaliação e gestão de risco ou plano de continuidade de negócio».