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Tink lança plataforma de open banking em Portugal

A Tink já está em Portugal com um portfólio de serviços financeiros personalizados e inteligentes para bancos, fintechs e startups de todas as dimensões. A plataforma de open banking agora lançada permite o acesso a informação financeira agregada das vinte maiores instituições financeiras portuguesas.

A Tink apresentou-se ao mercado nacional. Esta plataforma de open banking permite a qualquer negócio ou programador desenvolver serviços financeiros – baseados em análise de dados – destinados a clientes bancários portugueses. A plataforma liga-se às API PSD2 (Diretiva Europeia de Serviços de Pagamento) das maiores instituições financeiras com presença nacional, abrangendo mais de 90% dos clientes bancários, diz a empresa em comunicado de imprensa. «Ao estabelecer uma única API, a Tink permite aos seus utilizadores acederem a informação agregada sobre contas e transacções enriquecidas que podem ser utilizadas para o desenvolvimento da próxima geração de serviços financeiros digitais».

À businessIT, Beatriz Gimenez, country manager da Tink para Espanha e Portugal, avançou que a plataforma permite aos clientes o acesso a informação financeira de consumidores finais de mais de 2500 bancos em toda a Europa. «Os nossos produtos de agregação de contas, iniciação de pagamentos, gestão de finanças pessoais e dados enriquecidos são usados para desenvolver serviços financeiros independentes ou para alimentar produtos existentes».

Uma única API e uma plataforma cloud
Tudo isto é proporcionado através de uma única API e de uma plataforma baseada na cloud. «A plataforma permite aos nossos clientes aproveitarem as oportunidades que o Open Banking apresenta – e criarem ferramentas digitais que lhes permitam compreender melhor os seus clientes – e que os clientes finais tenham uma melhor experiência com os seus serviços digitais».

A aplicação da Caixa Geral de Depósitos Dabox foi desenvolvida com base na tecnologia da Tink e é considerada por Beatriz Gimenez como «um óptimo exemplo de inovação» no open banking. «Outros exemplos de serviços financeiros digitais desenvolvidos com a tecnologia da Tink são a aplicação de mobile banking Grip do banco holandês ABN Amro ou a aplicação de mobile banking Easy Banking do BNP Paribas Fortis, que permite aos clientes compreenderem melhor e terem uma visão global das suas finanças».

Antes do lançamento da plataforma, a empresa diz ter colaborado com a SIBS, especialista no processamento de pagamentos e serviços tecnológicos financeiros, ajudando as API nacionais a cumprirem os padrões exigidos pela regulamentação PSD2.

Fundada na Suécia em 2012, a plataforma tem cerca de quatro mil utilizadores em toda a Europa e é regulada e supervisionada pela Autoridade de Supervisão Financeira Sueca, que atribui a licença PSD2 nos países onde a Tink opera. «Os utilizadores da tecnologia podem desenvolver e lançar serviços no âmbito da sua própria licença ou utilizar a licença PSD2 da Tink. A informação financeira acessível através da plataforma da Tink é apenas disponibilizada com o consentimento dos utilizadores finais».

Potenciar a inovação
O objectivo da plataforma é, segundo Beatriz Gimenez, possibilitar que as melhores ideias vinguem. «Independentemente de ser uma startup, uma empresa ou um grande banco é possível testar e lançar novas utilizações na nossa plataforma».

Por si só, a agregação de contas tem uma multiplicidade de aplicações possíveis, desde a simplificação do processo de integração de um cliente como, por exemplo, através do preenchimento automático das suas informações passando pela possibilidade de se fazer uma melhor avaliação de crédito. «A indústria, no seu todo, também irá beneficiar de mais inovação – isto significa que todos irão melhorar para manterem os seus clientes – e no fim, os consumidores finais irão ter experiências melhores».

Para o mercado português, a responsável espera «consolidar a posição de liderança» e continuar a gerar múltiplos tipos de utilizações. «O que irá significar continuar a expandir a nossa quota de mercado, e posicionarmo-nos como uma espécie de benchmark no open banking».

Dabox, o primeiro serviço em Portugal
O primeiro serviço financeiro baseado na tecnologia Tink em Portugal foi lançado no passado mês de Setembro, quando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) lançou e disponibilizou a sua aplicação financeira Dabox aos seus quatro milhões de clientes. Esta app integra as capacidades da Tink na agregação de contas, iniciação de pagamentos, dados enriquecidos e gestão de finanças pessoais para permitir aos utilizadores da aplicação uma perspectiva global das suas finanças pessoais e ajudá-los a tomarem decisões financeiras mais inteligentes.

A plataforma obtém informação financeira de vinte instituições financeiras e bancos em Portugal: ActivoBank, Atlântico Europa, Santander, Banco Montepio, Banco BPI, Bankinter, Novo Banco, Millennium bcp, CGD, Banco CTT, BiG, Crédito Agrícola, Cofidis, Caixa CRL, Novo Banco Açores, Unicre, Revolut, BPG, CEMAH e EuroBic.

 

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