Segurança

Empresas devem apostar na prevenção

A Check Point reuniu mais de seiscentos parceiros e clientes no CPX Portugal, em Tróia, para abordar o futuro da cibersegurança. A cloud continua a ser um dos elos mais fracos das empresas num cibermundo onde o crime está cada vez mais organizado.

Cibercrime é real
Oded Vanunu, head of products vulnerability research na Check Point, falou sindicatos de cibercriminosos e que como funcionam estas verdadeiras redes de crime organizado: «O meu dia-a-dia e o de mais duzentas pessoas na Check Point é combater uma ciberguerra. Nós não produzimos soluções nem serviços, só fazemos protecção e segurança accionáveis. É algo muito agressivo porque muitas vezes estamos a lutar contra governos com orçamentos de milhões de dólares».

O investigador explicou que, hoje, o cibercrime já não são «miúdos mas organizações estruturadas com CEO, CTO, CFO, especialistas em investigação e desenvolvimento e programação, com área de DevOps que fazem a implementação das ferramentas maliciosas, spammers e vendedores de tráfego para distribuir os ataques e analistas de dados que fazem muito dinheiro graças às criptomoedas como a Bitcoin».

Estas organizações definem um alvo e planeiam um ataque como qualquer outra, mas a grande diferença para as outras redes criminosas, é que «os intervenientes não se conhecem e comunicam através de mensagens encriptadas pelo Skype, Telegram e Jabber, o que dificulta serem encontrados e o desmantelamento da organização».

O responsável da equipa de investigação disse que «usam muitas tecnologias sofisticadas e machine learning porque a ciberprotecção tem de ser feita com base em inteligência que perceba o que se está a passar na altura em que acontece».

Oded Vanunu deixou uma mensagem clara: «Criamos produtos com inteligência para uma defesa flexível e temos um exército de duzentas pessoas que está focada nesta guerra cibernética. Estamos a ir atrás destes criminosos para assegurarmos que deixam de estar um passo à nossa frente».

Balanço
Rui Duro, sales manager Portugal da Check Point, disse à businessIT que o CPX Portugal 2019 foi um «estrondo». Segundo o responsável a ideia era «passar dos quatrocentos participantes do ano passado e chegar aos quinhentos» mas a verdade é que o número oficial foi de 607, «superando todas as expectativas». O responsável destacou igualmente o facto de este ter sido «o evento com mais parceiros, o que demonstra a nossa dinâmica de crescimento».

Por outro lado, o «grupo de clientes também teve uma grande diversidade, com pessoas de todo o País, e não só da área da grande Lisboa». Por último, Rui Duro referiu que «a agenda deste ano foi também bastante rica com um bom equilíbrio entre as palestras sobre produto, segurança e as tech rooms.