A EY decidiu optar fazer online o seu mais recente processo de recrutamento, para proteger os candidatos e os colaboradores em virtude da situação actual referente à COVID-19. Teresa Freitas, directora de recursos humanos da EY Portugal, explicou a decisão da empresa: «Tomámos a decisão de manter o recrutamento de jovens talentos, tendo sempre em conta as limitações a que estamos impostos, mas também considerando a transformação digital em que nos encontramos. Foi nesse âmbito que considerámos uma oportunidade interessante e inovadora alinhar o recrutamento à realidade digital».
A consultora entrevistou 75 candidatos para as áreas de assurance, tax, advisory e transaction advisory services. O processo envolveu ainda 25 responsáveis EY das quatro áreas para quais estavam abertas as vagas. O evento decorreu numa plataforma digital, totalmente online, e contou com uma apresentação do processo de recrutamento e testemunhos de quatro colaboradores da EY. Em seguida, os candidatos puderam colocar as suas dúvidas e o processo terminou com entrevistas online one-to-one.
No final do EY Summit, os jovens seleccionados passaram automaticamente para a terceira e última fase do processo, que corresponde à entrevista com o partner de uma das quatro áreas da empresa.
Resultado foi animador
A responsável da EY Portugal disse sobre a iniciativa que «o balanço não poderia ser mais positivo» e que a transformação foi «planeada cuidadosamente, para não comprometer a qualidade do talento jovem», nem «a experiência do candidato». Teresa Freitas salientou ainda que tanto candidatos, como entrevistadores «deram um feedback muito positivo e, acima de tudo, gostaram desta nova experiência digital». Sobre os desafios sentidos em organizar um processo de recrutamento em tempos de pandemia, a directora de RH foi peremptória em afirmar que «o maior desafio foi a consciencialização das equipas para uma nova forma de recrutar» e que o facto de as entrevistas, apresentações e reuniões serem online foi «uma realidade a que ninguém ficou indiferente».
Sobre o que aí vem ao nível do recrutamento, Teresa Freitas não tem dúvidas de que este foi «o primeiro passo para o futuro», mas deu um sinal claro de que não acredita que o recrutamento presencial seja para descartar e que esta é uma fase passageira: «Estamos confiantes que esta situação será provisória e acreditamos que nos próximos meses esteja tudo a postos para regressarmos à normalidade. No que toca a pessoas, o contacto humano marca sempre a diferença».