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Nickel chega a Portugal e promete abertura de conta em cinco minutos

Numa conferência de imprensa no BNP Paribas, em Lisboa, a instituição de pagamento mostrou como quer transformar o sector financeiro nacional e europeu.

João Guerra, CEO da Nickel em Portugal.

A Nickel entrou no mercado português com o intuito de democratizar o acesso a uma conta bancária através de uma solução que aposta na «simplicidade, utilidade, benevolência e na universalidade», como explicou Thomas Courtois, presidente da empresa.

O serviço promete abertura de conta em cinco minutos, algo que foi possível comprovar no local, e movimentos bancários em tempo real, além, de um cartão de débito Mastercard. Tudo por uma comissão anual de €20 (mais 80 cêntimos de Imposto do Selo) e sem montante mínimo de abertura.

A instituição de pagamento do grupo BNP Paribas, que nasceu há oito anos, tem hoje 2,7 milhões de euros e está presente em França, Espanha, Bélgica, país ao qual chegou na semana passada, e agora em Portugal. A Alemanha é o próximo mercado alvo e chegada está prevista para o ano, mas o objectivo da Nickel é estar em oito países até 2024.

A tecnológica tem, neste momento, 8 mil pontos de venda que correspondem a lojas de comércio tradicional, como papelarias, que funcionam como agências bancárias e nas quais se pode abrir conta, fazer transferências, pagamentos e levantamentos através de um totem e um terminal TPA. Além disso também é possível aderir à Nickel de forma digital (site e app móvel) e o cartão pode ser usado em qualquer parte do mundo.

Thomas Courtois, Presidente da Nickel.

Sobre a escolha de Portugal, o responsável revelou que procuram «mercados em que há grande potencial de ajudar as pessoas a ter uma conta bancária e em que conseguem encontrar parceiros», como é o caso da CCP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal) no mercado nacional, que ajudou a criar uma ponte com as lojas de comércio tradicional.

João Guerra, CEO da Nickel em Portugal, salientou que no mercado nacional já «há mais de cem pontos de vendas», a maioria dos quais nas áreas da grande Lisboa e Porto, e que o objectivo da empresa é chegar, «dentro de cinco anos, a 450 mil clientes e 2500 pontos de venda». Actualmente, a equipa nacional conta com certa de de vinte pessoas, mas o responsável espera «quase duplicar o número de colaboradores nos próximos três anos».

Quando questionado sobre a concorrência e o que difere a Nickel de outros serviços de pagamentos e fintechs, como o Revolut, o responsável é claro: «Temos um posicionamento local, um IBAN português, uma presença física e um serviço de apoio ao cliente em português». Já Thomas Courtois esclarece que a competição «no sector bancário é grande, sempre foi e será» e que «não tem medo dessa concorrência» porque a empresa tem «um produto único e um modelo de negócio original».