A Check Point Research anunciou as mais recentes tendências de ataques cibernéticos em Portugal e no mundo e em que o ransomware continua em destaque. Estes ataques aumentaram, no segundo trimestre de 2022, 59% em relação ao mesmo período do ano anterior e afectam agora 1 em cada 40 organizações por semana.
Segundo a área de threat intelligence da empresa de cibersegurança, a Ásia é a região mais afectada pelo ransomware com a média semanal atingindo 1 empresa em cada 17 a ser afectada semanalmente e um aumento de 33% ano-a-ano, A África é a segunda região mais afectada com a média semanal de 1 empresa em cada 21, um aumento de 21% ano-a-ano. Já a América Latina registou o maior aumento de ataques, com 1 em 23 organizações afectadas semanalmente, um aumento de 43% ano-a-ano, em comparação com 1 em 33 no segundo trimestre de 2021.
A Europa, por seu turno, tem, em média, 1 em cada 666 organizações é afectada semanalmente (um aumento de 1% ano-a-ano); a América do Norte tem uma a média semanal de organizações afectadas é 1 em 108, também com um crescimento de 1% ano-a-ano e, em último, a região da Austrália e Nova Zelândia com uma média semanal de organizações afectadas é 1 em 113, o que corresponde a um aumento de 18% ano-a-ano.
Omer Dembinsky, Data Group Manager da Check Point Software Technologies, explica que este aumento se deve ao facto dos hackers estarem «a aproveitar a generalização do trabalho e do ensino à distância para atacar, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia também ajuda a impulsionar a tendência de ataque» e a «vontade das organizações de satisfazer as exigências de resgate dos atacantes, a fim de proteger os seus dados», o que provou «que o negócio do ransomware é altamente lucrativo».
A Check Point revelou ainda que o número geral de ciberataques por região em que a África foi a mais atacada no segundo trimestre de 2022, atingindo um pico de 1,76 mil ataques semanais em média, por organização, um aumento de 3%, em comparação com o mesmo período do ano passado no continente. Depois as geografias mais afectadas foram a Ásia e América Latina, que registaram 1,68 mil e 1,60 mil ataques em média, marcando um aumento de 25% e 29% respectivamente, em relação ao ano anterior.
Em Portugal, empresas nacionais são vítimas de 907 ataques por semana, mas apesar de tudo o País está a em contraciclo com o resto do mundo e tem uma queda de 4% nos ciberataques.
Ao nível dos sectores, a educação/investigação tornou-se a indústria mais atacada a nível mundial, com uma média de mais de 2,3 mil ataques por organização todas as semanas, um aumento de 53% em comparação com o segundo trimestre de 2021. Já a saúde registou um aumento de 60% nos ataques cibernéticos em comparação com o segundo trimestre de 2021, atingindo 1342 ataques por organização todas as semanas.