A Oracle, em conjunto com a Workplace Intelligence, elaborou um estudo sobre o futuro do trabalho e dos profissionais, que revela que a maioria das pessoas vê a tecnologia e a IA como ferramentas que os podem ajudar a desenvolverem a carreira, e até a vida, após o período de estagnação trazido pela pandemia. Segundo o estudo, 75% dos inquiridos fariam mudanças nas suas vidas com base nas recomendações de uma inteligência artificial.
O AI@Work: 2021 Global Study, que contou com a participação de «14 600 funcionários, gestores, directores de recursos humanos e executivos de alto nível de treze países», mostra que 43% consideram que perderam o controlo do seu futuro e 41% das suas carreiras. Segundo a Oracle, em 2022, «o desenvolvimento profissional é uma prioridade» e 85% das pessoas querem que a tecnologia as ajude a definir o seu futuro, identificando as competências que devem desenvolver (36%), recomendando formas de adquirir novas competências (36%) e fornecendo-lhes as ferramentas necessárias para alcançarem os objectivos profissionais (32%). Assim, 82% das pessoas acreditam que a IA pode apoiar as suas carreiras profissionais melhor do que os humanos, fornecendo recomendações imparciais (37%), respondendo a perguntas sobre as suas carreiras (33%) ou encontrando novos trabalhos que se ajustem às suas competências actuais (32%).
Organizações têm de fazer mais
Apesar da crescente transformação digital e do aumento do uso de soluções de IA, menos de metade dos inquiridos (47%) referem que a sua organização está actualmente a utilizar alguma forma de IA no seu local de trabalho e 31% afirma que o uso desta tecnologia nem sequer é falado na empresa. De acordo com o estudo, as empresas só têm a ganhar se usarem inteligência artificial «para apoiar o desenvolvimento da carreira dos empregados e o crescimento pessoal». Isto é bem demonstrado pelo facto de 55% dos entrevistados preferirem ficar numa empresa que use tecnologias avançadas, como IA, para apoiar o crescimento profissional; 58% consideram ainda que a inteligência artificial ajudaria a sentirem-se mais capacitados nas suas carreiras e 57% garantem que se sentiram menos stressados. A verdade é que uma grande percentagem (87%) acredita que a sua empresa deveria esforçar-se mais por saber quais são as suas necessidades.
Mas, apesar de a tecnologia ser vista como essencial, o factor humano ainda tem bastante peso em determinadas funções e é visto também como fundamental no desenvolvimento das carreiras profissionais. O relatório conclui que os humanos são melhores a oferecer ajuda através de conselhos baseados na experiência pessoal para 46% das pessoas, a identificando pontos fortes e fracos para 44% dos inquiridos e a investigar para recomendar cargos que se adaptem à personalidade de cada um, com 41% dos colaboradores a referir este ponto.