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Recharge.com aposta no mercado nacional e abre escritório em Lisboa

A fintech dos Países Baixos chega a Portugal com um hub tecnológico dedicado ao desenvolvimento de produto. A Recharge.com espera contratar vinte colaboradores no primeiro ano de operação no País.

A Recharge.com é uma fintech de pagamentos que permite fazer o carregamento seguro do saldo de telemóveis em diversos países, entre outros serviços. Em Portugal, a tecnológica oferece carregamentos para todas as operadoras nacionais: Vodafone, Meo, NOS e Nowo, entre outras. A empresa anunciou a sua expansão para Portugal, onde vai abrir um escritório em Lisboa, na LX Factory que albergará um centro de desenvolvimento de «serviços financeiros próprios e produtos bancários personalizados» e centrado na «optimização de serviços e funcionalidades ligadas à experiência do cliente», disse Günther Vogelpoel, CEO da Recharge.com. O responsável esclareceu que a aposta em Portugal corresponde a um investimento «bastante substancial», uma vez que a empresa quer «assegurar que o hub de Lisboa oferece um ambiente de trabalho agradável, confortável e inovador».

Günther Vogelpoel explicou à businessIT que este foi «um passo natural na estratégia de crescimento internacional» e revelou o motivo da escolha da capital portuguesa: «Lisboa vai ser, certamente, um dos pólos tecnológicos mais importantes da Europa. Tem uma qualidade muito elevada de talentos na área de engenharia. Além disso, a Recharge tem muitos colaboradores brasileiros, que falam português e partilham uma história cultural com Portugal, formando uma base ideal para escolher Lisboa como a nova localização. A operação portuguesa permite-nos também a oportunidade de explorar o enorme mercado de talentos do Brasil e relocalizá-los em Lisboa. E há ainda outras razões que fazem de Lisboa um excelente local para viver – muito Sol, comida deliciosa, e uma grande qualidade de vida. Analisámos muitas opções, mas foi claro que Lisboa era o local perfeito para nós».

Recrutar vinte profissionais
A fintech quer «contratar vinte pessoas para o escritório de Lisboa no primeiro ano e aumentar esse número, dependendo das necessidades de negócio», revelou Günther Vogelpoel. Para já, a empresa está à procura predominantemente de engenheiros de software e de quality assurance que serão como «uma extensão das capacidades actuais da sede, em Amesterdão, mas à medida que o centro crescer, a equipa e o seu âmbito também crescerão», disse.

A chegada a Lisboa acontece após uma ronda de financiamento de série B no valor de 35 milhões de dólares (cerca de 30,98 milhões de euros), que serviu exactamente para o processo de expansão internacional da fintech holandesa. A empresa quer chegar aos 450 milhões de euros de valor de vendas e a um crescimento anual de 50% em 2021 e tem mais de três milhões de clientes em todo o mundo.