A Glintt abriu um escritório no Parque de Ciência e Tecnologia Brigantia-Ecopark, um espaço de ciência e tecnologias situado em Bragança para apoio às empresas, ao empreendedorismo e às startups que visa fomentar a inovação. Nas novas instalações, que já se encontram a funcionar, vão trabalhar as equipas da Nexllence, a marca de consultoria tecnológica da Glintt, e a equipa de produto. Segundo a empresa, numa fase inicial, Bragança irá centrar a actividade nas «áreas de consultoria e desenvolvimento aplicacional com base em low-code e no desenvolvimento de produto para o sector da saúde».
Segundo João Paulo Cabecinha, executive board member da Glintt, a novidade «representa mais um passo no crescimento da tecnológica e na consolidação do seu posicionamento enquanto empresa de referência a nível nacional e internacional no desenvolvimento de soluções tecnológicas».
O responsável explica o motivo de terem seleccionado a cidade de Trás-os-Montes: «O talento não está apenas nos pólos de maior densidade populacional, está também em outras cidades, como Bragança, que possuem instituições de ensino superior de reconhecida qualidade e por isso com talento bastante qualificado. Queremos, desta forma, apostar no talento proveniente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e fortalecer a nossa relação de proximidade com esta entidade e a comunidade onde ela se insere».
Além disso, o novo espaço irá possibilitar à Glintt e à Nexllence «acederem a talento qualificado, criando, condições para um desenvolvimento mais equilibrado do território nacional, privilegiando a qualidade de vida e a coesão territorial. Este investimento é também uma demonstração inequívoca de confiança no futuro», revela.
Perfis seniores e juniores
Para já, a multinacional não terá «posições de trabalho fixas, dedicadas a cada colaborador» já que funcionará num modelo de trabalho híbrido. João Paulo Cabecinha salienta que o escritório de Bragança foi «concebido, fundamentalmente, como um espaço de formação, para partilha de informação e coordenação de actividades» e que tem «quatro posições de trabalho partilhadas». Para a nova unidade, a Glintt e a Nexllence vão recrutar «perfis seniores e juniores, com competências em tecnologia e know-how em programação, em estreita parceria com as instituições de ensino superior da região e potenciando o programa da Academia Glintt». Os perfis juniores vão ser integrados nesse programa de trainees que tem sido uma fonte para «colmatar a falta de profissionais de TI existente no mercado». Desde a primeira edição, em 2016, foram contratados 249 novos colaboradores provenientes da academia, que regressa este ano após um interregno, em 2020, devido à pandemia.
A Glintt terá ainda «a possibilidade de apoiar o IPB na sua estrutura lectiva, isto é, com módulos de carreira, fomentando entre os alunos do politécnico a experiência vivida dentro das empresas», revela o executive board member.
A tecnológica conta actualmente «com cerca de 1100 colaboradores» e tem «99 vagas em aberto» para as diversas localizações, incluindo Bragança, esclarece João Paulo Cabecinha.
