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NFON faz balanço positivo do Centro de I&D de Lisboa e vai aumentar a equipa

A NFON reuniu os jornalistas nos seus escritórios, em Lisboa, para fazer um balanço do primeiro ano de operação em Portugal e partilhar a estratégia para os próximos anos. 

A NFON AG considera-se o único fornecedor pan-europeu de PBX na cloud e escolheu Lisboa para a abertura do seu primeiro centro de investigação e desenvolvimento (I&D) fora da Alemanha, o que aconteceu há cerca de um ano.

A escolha da capital portuguesa já tinha sido explicada em entrevista à BusinessIT por Markus Krammer (managing director da NFON em Portugal) e, basicamente, o responsável voltou a salientar os mesmos aspectos: o facto de a cidade ser o «tech hub da Europa», o «talento», e «uma semelhança grande com a cultura alemã, em termos de ética do trabalho, na motivação e na apetência para resolver problemas».

O director mostrou-se «muito contente» com os resultados atingidos nos primeiros doze meses de actividade, assim como Jan-Peter Koopmann, CTO da NFON. O responsável diz que que Lisboa foi o «primeiro centro nearshore da empresa» e uma «experiência brilhante»; por isso, a empresa decidiu« aumentar as capacidades de I&D em 50%». A equipa conta agora com vinte colaboradores, mas os planos são chegar aos 36 até ao final do ano, um objectivo que o chief technology officer sabe ser «ambicioso», mas acredita ser exequível dada a «qualidade de talento existente em Portugal».

A NFON criou um escritório de raiz, «com a sua cultura e ADN», para que os profissionais se sintam «em casa», quando estão a trabalhar presencialmente, já que o modelo de trabalho da empresa é híbrido. O intuito foi criar um «bom ambiente» em conjunto com uma boa remuneração, «mais dias de férias, formação, progressão na carreira, possibilidade de ganhar experiência internacional, e de criar impacto» – esta é a estratégia da empresa para ajudar a atrair e a reter os colaboradores. O lema é, segundo Markus Krammer, «pessoas felizes, equipas motivadas, melhores resultados e mais sucesso para a empresa». Jan-Peter Koopmann assegura que a NFON vai continuar a investir em Portugal e continuar a aumentar a equipa em Lisboa, além de 2021, mas ressalvou que os objectivos para o próximo ano ainda não estão definidos.

Estratégia até 2024
Markus Krammer esclarece que o intuito da empresa é «ser o principal fornecedor de comunicações empresariais da Europa centradas na voz» e que, para isso, conta com a equipa do Centro de I&D. Sobre a estratégia para atingir esse fim, o CTO salienta que será feita de forma «faseada e estável» e que existe uma «visão clara do que querem». Assim, a empresa vai começar a incluir uma opção de videoconferência ainda este ano, focar-se na interface e na experiência do utilizador, tornando as soluções intuitivas e fáceis de usar –  o responsável considera ser «um grande diferenciador» quando as empresas escolhem as suas ferramentas de trabalho. «Esta é uma das tarefas em que a equipa que trabalha em Portugal está envolvida», revela.

Jan-Peter Koopmann destaca ainda as soluções de contact centre-as-a-service e a área da integração com outras aplicações empresariais como as apostas para os próximos anos: «Mesmo que sejamos uma empresa de comunicação centrada na voz, precisamos de ter coisas como videoconferência e um pouco de partilha de ecrãs, de colaboração e por aí adiante – é por isso que também estamos a ir nessa direcção. Estamos muito focados na integração, na qualidade da voz e em funcionalidades ligadas ao negócio centrado na voz».

Esta estratégia irá ajudar a NFON a ganhar clientes no segmento das grandes empresas, segundo os responsáveis, já que actualmente a tecnológica tem nas PME a sua maioria de clientes e, também, chegar ao seu objectivo, sempre «com foco na Europa».