A Primavera anunciou que chegou a acordo com a Oakley Capital para a venda da totalidade do seu capital social ao fundo de investimento britânico. O valor do negócio não foi revelado.
A empresa portuguesa junta-se às outras cinco adquiridas nos últimos dois anos pelo fundo que tem como objectivo «liderar o mercado ibérico de software de gestão empresarial na cloud». O conjunto das seis organizações irá designar-se Grupo Primavera e contar com 600 colaboradores, 60 milhões de euros de receitas e 55 mil clientes.
José Dionísio e Jorge Batista (na foto), que lideram a equipa da tecnológica nacional, vão manter-se à frente da operação e a liderança do Grupo ficará a cargo de Santiago Solanas.
A «ampla abrangência da oferta» será um dos factores de diferenciação do Grupo Primavera, que juntará o actual portfólio da Primavera «à oferta desenvolvida por todas as empresas do grupo empresarial, garantindo-se desta forma uma cobertura total das necessidades de gestão do tecido empresarial», explica a empresa, em comunicado.
De acordo, José Dionísio e Jorge Batista, «este é o projecto certo para catapultar a Primavera e todos os seus colaboradores, parceiros e clientes para uma nova dimensão». Os CEO da Primavera explicam porquê: Estamos muito satisfeitos com tudo o que atingimos nos vários mercados, onde detemos uma posição de liderança, mas só através de um projeto com estas características e dimensões conseguiremos levar a nossa tecnologia a um mercado cinco vezes maior, como é o mercado espanhol. Os próximos anos vão ser fantásticos, na medida em que a criatividade comandará os sonhos de oferecermos as soluções mais inteligentes e disruptivas aos nossos clientes e também aos nossos parceiros, que em resultado deste projeto terão, finalmente, as portas do mercado espanhol mais abertas».
Por seu lado, Arthur Mornington, partner da Oakley Capital, revela o motivo de terem seleccionado a tecnológica nacional: «A Primavera foi a empresa que escolhemos para complementar a nossa estratégia de liderança ibérica, não apenas pela posição de liderança que tem, mas pelo enorme valor que acrescenta ao grupo ao nível das suas ofertas state-of-the-art, que serão certamente bem acolhidas no mercado espanhol».
O negócio foi aprovado pelos accionistas da Primavera, mas carece ainda da apreciação das Autoridades da Concorrência de Portugal e de Angola, para que seja finalizado.