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Bosch regista vendas de quatro mil milhões com indústria 4.0 em dez anos

A empresa é ainda um exemplo na área com mais de 120 mil máquinas e 250 mil dispositivos com conectividade nas suas fábricas.

Bosch

Desde 2011, que a  Bosch gerou vendas de mais de quatro mil milhões de euros com a indústria 4.0, em que mais de 700 milhões de euros foram conseguidas em 2020.

A multinacional cedo percebeu a potencial da conectividade nas fábricas e Rolf Najork, membro do conselho de administração da Bosch e responsável por tecnologia industrial, explica que a empresa «está a colher os frutos» dessa aposta.

Além de fabricar produtos inteligentes, a Bosch é também um dos casos de sucesso da indústria 4.0 e as suas fábricas contam com mais de 120 mil máquinas e mais de 250 mil  dispositivos com conectividade, como sistemas de câmaras integrados e robots. A empresa refere que «as soluções conectadas aumentam a produtividade e reduzem os custos de manutenção em até 25%».

A estratégia da empresa passa por «combinar software inteligente para controlo de produção, monitorização e planeamento logístico numa plataforma de fabricação própria, que se conecta a uma base de dados maior que simplifica e melhora tarefas como análises de IA para detecção de falhas».

Além disso, Bosch tem academias próprias e cursos de formação para preparar os seus colaboradores para as fábricas do futuro e também disponibiliza essa oferta aos clientes.

A empresa vai implementar uma nova plataforma de fabricação e logística, o processo terá início no final de 2021  e acredita que isso irá gerar «uma economia de quase mil milhões de euros nos próximos cinco anos, após um investimento de cerca de 400 milhões de euros».

A Bosch acredita que a fábrica do futuro é «tecnologicamente flexível, conectada de forma inteligente, ecologicamente sustentável – e economicamente bem-sucedida». No entanto, a empresa alerta que «poucas empresas se estão a preparar de forma consistente para a indústria 4.0 e que é «preciso fazer dela a norma». Rolf Najork revela ainda que a «indústria 4.0  não é um fim em si mesma. É uma forma de manter a competitividade. No futuro, nada será possível sem digitalização».